Cena, que foi registrada em distrito da Alemanha, gerou revolta após partido de extrema-direita ganhar eleição distrital
Na última segunda-feira, 26, o vídeo de um homem usando símbolos neonazistas causou indignação em políticos de uma região central da Alemanha. O cenário, já repugnante por si só, ficou ainda pior, pois o sujeito distribuía balões para crianças em um jardim de infância.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram o sujeito usado uma camiseta com a imagem de um soldado nazista. Sua bermuda apresenta as cores do extinto Reich: preto, branco e vermelho.
Sua camiseta ainda tinha estampado o slogan 'Wehrmacht wieder mit?', que significa algo como: 'quem quer participar da próxima vez?' — insinuando querer reviver uma era nazista. A letra usada era do tipo Fraktur; associada à Alemanha de Hitler.
Por fim, o homem, de 46 anos, não teve a identidade revelada, mas foi dito que ele era pai de uma das crianças do jardim de infância. No para-brisa traseiro de seu carro havia a seguinte frase estampada: "ajudante de deportação voluntária".
Um dia antes da gravação do vídeo, Robert Sesselmann, do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), se tornou o primeiro membro da sigla a ganhar uma eleição distrital — em Sonneberg, na Turíngia, centro da Alemanha. O jardim de infância fica na região onde ocorreu a eleição.
"No domingo, um (membro da) AfD foi eleito para o conselho local. Na segunda-feira, um neonazista distribui restos de balões da AfD em um jardim de infância da região. … É simplesmente nojento", escreveu Katharina König-Preuss, membro do partido Linke de extrema-esquerda local, em uma publicação em seu Twitter com o vídeo.
Sonntag wurde in #Sonneberg ein #AfD’ler zum Landrat gewählt. Montag verteilte ein #Neonazi in Kindergarten der Region übrig gebliebene Luftballons der AfD. Auf seinem Auto „Ehrenamtlicher Abschiebehelfer“. Auf seinem T-Shirt Aufdruck „Wehrmacht wieder mit“.
— Katharina König-Preuss 🍓 (@KatharinaKoenig) June 27, 2023
Es ist nur krass. pic.twitter.com/hvQA0qcQDb
A polícia local, porém, sugeriu que não há evidências de que o sujeito tenha cometido um crime, mas o investigará sob a acusação de perturbação da ordem pública.