2024 ainda terá mais uma Superlua; confira o que é o fenômeno que chama atenção, como observar e a data do evento astronômico
A primeira ocorrência de superlua em 2024 foi registrada em 19 de agosto, quando o satélite natural estava a cerca de 361.900 quilômetros da Terra.
O conceito de superlua, embora amplamente popularizado, não possui fundamentos científicos rigorosos. Conforme explicado pela astrônoma Josina Nascimento, do Observatório Nacional, o termo foi introduzido pelo astrólogo Richard Nolle em 1979 na extinta revista Dell Horoscope.
Nolle, conforme repercutido pela Agência Brasil, definiu uma superlua como uma lua cheia ocorrendo quando a Lua se encontra no perigeu, ou até 90% próximo deste ponto. No entanto, a razão exata para tal definição não é clara e gera divergências entre entidades astronômicas sobre os critérios exatos que qualificam uma superlua.
Nascimento esclareceu que o fenômeno pode se manifestar tanto na fase cheia quanto na nova da Lua, ocorrendo entre uma e seis vezes por ano. Essa variação se deve à órbita elíptica da Lua ao redor da Terra, que faz com que a distância entre os dois corpos celestes oscile constantemente.
Durante sua trajetória orbital, a Lua alterna entre aproximação e afastamento da Terra. O ponto mais próximo é conhecido como perigeu, enquanto o mais distante é chamado apogeu. Durante uma superlua, observadores podem notar um aumento no brilho lunar, visível em qualquer parte do mundo com condições meteorológicas favoráveis.
Além disso, todas as luas cheias surgem no horizonte leste ao pôr do sol e desaparecem no oeste ao amanhecer, proporcionando visibilidade noturna total.
Historicamente, o tamanho da Lua permanece inalterado durante uma superlua; a ilusão de aumento decorre do ângulo sob o qual é observada. Para melhor apreciar este espetáculo natural, recomenda-se buscar locais afastados das luzes urbanas, onde a experiência visual é significativamente aprimorada.
A última manifestação desse fenômeno para 2024 está prevista para 15 de novembro, com a Lua situando-se a uma distância de 361.867 quilômetros do nosso planeta.