Nosso satélite atingirá o seu ponto máximo de aproximação com a Terra — o que pode fazer com que ele pareça ser até 15% maior e ter 30% a mais de brilho
Na noite de hoje, 26, para amanhã, 27, a Lua atingirá o seu ponto máximo de aproximação com a Terra — o que na astronomia é chamado de perigeu. Ela também estará em sua fase cheia, o que torna sua aparência ainda mais única. O evento é popularmente conhecido como superlua ou lua rosa.
Esse fenômeno acontece, pois, a órbita de nosso satélite natural em torno de nosso planeta não é um círculo perfeito, mas sim uma elipse, o que faz com que ela se afaste e se se aproxime de nós durante os 28 dias em que demora para dar uma volta completa em torno da Terra.
Como explica matéria do UOL, quando a Lua atinge seu perigeu, ela pode parecer até 15% maior e ter 30% a mais de brilho. Esse ponto mais próximo de distância pode acontecer em qualquer uma das quatro fases de nosso satélite — e se ela coincidir com o período da Lua Cheia, o fenômeno passa a ser chamado de superlua.
Apesar do termo, o astrônomo Naelton Araújo, do Planetário do Rio, diz que a observação do fenômeno não é tão evidente assim. "Essa história de superlua é meio factoide astronômico. Só com instrumentos, como um telescópio, ou comparando por meio de fotografias, será possível notar alguma diferença", explica em entrevista ao UOL.
Já o termo Lua rosa não quer dizer que ela realmente estará desta cor, é mais uma nomenclatura dada pelos antigos povos norte-americanos para denominar a chegada da primavera por lá — e do outono no hemisfério sul.
"Os nativos norte-americanos e europeus nomearam as 12 luas do ano. A de janeiro, por exemplo, é a Lua de Neve. Mas no Brasil nem temos neve", explica Julio Lobo, astrônomo do Observatório Municipal de Campinas.
"São tradições antigas que apenas reproduzimos. Lua Rosa, Lua de sangue, Lua da colheita, Lua do verme... esses nomes faziam sentido para nossos ancestrais. E agora fizemos como eles e criamos um novo nome: superlua”, completa.
Segundo os astrônomos, o melhor horário para se observar o evento será na primeira hora após o nascer da Lua — que ocorre por volta das 18 horas —, já que ela pode apresentar variações em sua tonalidade.
Além disso, teremos um alinhamento triplo envolvendo a Terra: de um lado do nosso planeta teremos o Sol e do outro a Lua, o que fará com que ela apareça mais brilhante. O ápice desse evento será à 0h33 de amanhã.