De acordo com pesquisa, algumas espécies podem superar as rastejantes com até 355 vezes o seu peso
O mundo animal é realmente cheio de peculiaridades e surpresas, na luta pela sobrevivência, já dizia Darwin, nem sempre o considerado mais forte é o vencedor nessa disputa.
E para ajudar a exemplificar isso, um estudo publicado no Journal of Archeology colocou frente a frente duas espécies das quais muitos temem: aranhas e cobras.
Antes de saber o resultado dessa disputa, que não é nenhum pouco equilibrada, há de se dizer, qual delas você acha que se sairia melhor em um confronto? Pois se você optou pelo lado das peçonhentas saiba que você não poderia estar mais enganado.
Segundo o estudo, 86% dos aracnídeos levam a melhor quando batem de frente com cobras de até um metro de comprimento. Para chegar nessa conclusão, foram observadas 30 aranhas em seus ambientes naturais e 11 que vivem em cativeiro.
A maior carrasca dessa treta é a conhecida viúva negra, que causaram mais da metade das mortes dos seres rastejantes. Em segundo lugar estão as tarântulas, que são responsáveis por 10% das causas das mortes de cobras.
Entretanto, essa segunda espécie pode ser considerada muito mais corajosa já que, de acordo com o estudo, elas não usam suas teias como armadilha, agindo ativamente no solo ou em árvores. Fechando o top 3 estão as orbeiras, com 8,6% das ocorrências.
De acordo com o Live Science, elas também capturam pássaros e até mesmo morcegos, já que possuem teias grandes, fortes e circulares, o que prendem suas iscas mais facilmente.
Já o local mais propício para os confrontos acontecerem são nos Estados Unidos, que presenciam mais da metade dos duelos, que acontecem em quase todo o mundo — apenas com exceção da Antártica.
Apesar do estudo apontar que a maioria dos alvos são cobras bebês ou juvenis, que pesam por volta de 1 grama, outras maiores, com até um metro de comprimento, também podem ser devoradas. Segundo o estudo, as viúvas negras podem superar as rastejantes com até 355 vezes o seu peso.
“Essa conquista é verdadeiramente surpreendente", diz Martin Nyffeler, um dos autores da publicação. "É quase inacreditável”. Os resultados totais mostraram que os aracnídeos foram superiores em 86% dos embates; já em 1,5% as peçonhentas conseguiram sobreviver e escapar. Em 11% das vezes, os duelos foram interrompidos por humanos.