Durante culto, o pastor Silas Malafaia orou pela paralisação das urnas eletrônicas durante 8 horas nas eleições
Durante um culto, o pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, fez uma oração para que as urnas eletrônicas fossem paralisadas por 8 horas caso haja uma "fraude eleitoral", como ele mesmo disse. O pastor é aliado de Jair Bolsonaro (PL).
"Se tentarem roubar essa eleição e fraudar, em nome de Jesus, esse sistema vai ser travado. Vai ficar travado por pelo menos oito horas e ninguém vai conseguir destravar. Aí vai ter que ter uma outra eleição. Essa é a minha oração", disse.
Silas Malafaia, já declarou e voltou a dizer que se Lula (PT) vencer as eleições, o atual candidato, fecharia as igrejas da Assembleia de Deus. Tal afirmação já foi desmentida e o PT, entrou na Justiça contra o deputado federal e pastor Marco Feliciano (PL-SP) por conta da disseminação da informação falsa.
"Ficamos chocados quando comunistas ímpios rasgam a bíblia e tacam fogo nela. E quando os crentes rasgam a bíblia de seus corações, que apoiam gente que nos odeiam e odeiam nossos fundamentos e princípios? Estão queimando bíblia, estão fechando igreja, mas estamos votando em gente que apoia governos que fecham igrejas", disse o pastor.
Como repercutido pelo UOL, Silas Malafaia também fez uma oração, pedindo para que Deus "tenha misericórdia" do Brasil e que haja "pelo menos oito horas para que a verdade se estabeleça".
Ele afirmou no culto, que foi ao ar pelo Youtube ontem, que as fraudes seriam provocadas por hackers:"Os caras invadem o sistema do Pentágono, mais seguro do mundo, não vão invadir a urna eletrônica?".
Quanto aos boatos de supostos fechamentos de Igrejas por parte de Lula, o PT lançou um texto rebatendo as falsas notícias e destacando que o governo petista criou a Marcha para Jesus em favor aos evangélicos, entre outras medidas.
"Lula é cristão, nunca fechou nem vai fechar igrejas", diz o título do texto.
Silas Malafaia também afirmou que já votou em Lula, mas que o petista não tinha acusações de corrupção naquele momento.
"Por que votei? Vem do Nordeste, é pobre, pode resgatar no nosso povo. E o que eu vi? A diferença entre o discurso e a prática. Estou fora, há 20 anos dei crédito, mas o crédito que eu dei não correspondeu."
Ele também afirmou que o presidente defende a "ideologia de gênero", afirmando que a família é formada por "homem, mulher e sua prole, o resto é qualquer porcaria, menos família".
Grande parte do eleitorado de Jair Bolsonaro, defende o discurso de não legitimidade na eficácia das urnas eletrônicas, no entanto, não citam provas ou indícios de supostos problemas no sistema eleitoral.
O voto pela urna eletrônica foi implantado no Brasil em 1996. As urnas passam por procedimentos de auditoria e fiscalização antes das eleições e como apurado pelo UOL, nunca houve fralde comprovada no sistema.
A constatação é do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mas não somente. Também de investigações do MPE (Ministério Público Eleitoral) e de estudos matemáticos e estatísticos independentes.