Estudo foi publicado na última terça-feira, 1, no Journal of Geophysical Research Planets
Uma equipe internacional de pesquisadores recentemente realizou um estudo na cratera Vredefort —considerada a mais antiga preservada no planeta — a qual está localizada na África do Sul. A partir da análise da região, os cientistas descobriram que as antigas crateras terrestres estão ameaçadas.
Segundo informações da revista Galileu, a cratera Vredefort tem aproximadamente 300 quilômetros de diâmetro e foi formada há cerca de 2 bilhões de anos, quando um objeto com cerca de 20 quilômetros de diâmetro colidiu com a Terra.
Os pesquisadores modelaram o evento de impacto e estudaram os efeitos nas propriedades físicas de rochas e minerais, comparando-os com amostras da cratera. As conclusões foram publicadas no periódico Journal of Geophysical Research Planets, em 1º de agosto.
Segundo os especialistas, a colisão resultou em uma elevação da crosta e do manto ao redor do local, formando cumes de rocha e causando transformações minerais e derretimento das rochas mais distantes do centro.
De acordo com a fonte, ao longo dos últimos 2 bilhões de anos, a erosão desgastou a cratera em aproximadamente 10 quilômetros abaixo da superfície. Hoje, a formação se assemelha a um semicírculo de colinas baixas a sudoeste de Joanesburgo.
De acordo com a pesquisa, os resultados não são muito encorajadores para o futuro, já que, embora alguns vestígios de derretimento de impacto e minerais tenham sido preservados, as rochas nas bordas externas da cratera Vredefort são praticamente indistinguíveis das rochas que não foram afetadas pelo impacto.
Como destaca Matthew S. Huber, um dos autores do estudo, a equipe encontrou dificuldades para entender o impacto. “Dez quilômetros de erosão e todas as evidências geofísicas do impacto simplesmente desaparecem, mesmo com as maiores crateras”, disse ele.
“Para ter uma cratera de impacto arqueana preservada até hoje, ela teria que ter experimentado condições realmente incomuns de preservação. Mas a Terra está cheia de condições incomuns. Talvez haja algo inesperado em algum lugar, então continuamos procurando”, declarou o pesquisador da Universidade do Cabo Ocidental.
+Confira aqui o estudo completo.