Virginia Vallejo, ex-apresentadora, revela detalhes de seu relacionamento com o famoso narcotraficante em entrevista reveladora
Gabriel Marin de Oliveira Publicado em 29/07/2024, às 17h12 - Atualizado em 31/07/2024, às 17h49
Virginia Vallejo, ex-apresentadora de televisão e uma das pessoas que mais conheceu Pablo Escobar, voltou a falar recentemente sobre sua intensa e controversa relação com o narcotraficante em uma recente entrevista ao programa 'La Noche de Adolfo Arjona'.
A mulher, que atualmente reside em Miami sob asilo político desde 2010, relembrou os altos e baixos de seu envolvimento com Escobar, um homem que descreveu como "baixinho, feinho, gordinho e criminoso".
Vallejo disse que seu relacionamento com Pablo, que durou de 1983 a 1987, começou porque ele se apaixonou primeiro por ela. "Se ele não tivesse se apaixonado por mim, obviamente eu não teria tido uma relação com um homem de classe baixa", disse ela na entrevista ao programa.
A relação, no entanto, terminou em ódio, levando Virginia a cooperar com as autoridades antidrogas internacionais. "Eu o amava tanto que, se chegasse o Exército ou a Polícia Secreta, o DAS, para prender Pablo e extraditá-lo, pensava que poderia matá-lo antes de vê-los fazer isso", afirmou ela.
De acordo com a jornalista, o narcotraficante acreditava ser semelhante ao ídolo do rock Elvis Presley.
"Ele estava convencido de que era um amante como Tarzan e que tinha certa semelhança com Elvis Presley. Era tão megalomaníaco que estava convencido de que não era baixinho, feinho, gordinho, e que era um grande amante e que se parecia com Elvis Presley. Essa era a segurança que ele tinha", afirmou ela.
A história do casal inspirou várias produções cinematográficas e televisivas, incluindo o filme 'Loving Pablo' e a série 'Narcos', da Netflix. Em 2007, ela publicou seu livro 'Amando a Pablo, odiando a Escobar', onde narra sua experiência com o narcotraficante. Vallejo contou que conheceu Escobar em 1982, quando ela era uma das jornalistas mais renomadas da Colômbia.
A escritora ainda destacou que, apesar de seu envolvimento com Pablo, nunca precisou de seu dinheiro para se sustentar. "Eu tinha dinheiro, uma carreira bem-sucedida e morava em um apartamento de luxo", afirmou.
Seus encontros ocorreram principalmente em hotéis e, após a acusação do narcotraficante pelo assassinato do ministro da Justiça, Rodrigo Lara Bonilla, passaram a ocorrer em locais mais discretos.
A relação dos dois terminou definitivamente em 1987, após uma série de separações e reconciliações. Em 2006, ela foi levada para os Estados Unidos para garantir seu testemunho em casos de alto perfil contra os cartéis de drogas.
*Sob supervisão;
