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Notícias / Crime

Saiba qual a situação atual do condenado por vazar informações do Pentágono

Jack Teixeira, membro da Guarda Aérea Nacional de Massachusetts, se declarou culpado no ano passado pelo vazamento de documentos militares

Redação Publicado em 11/03/2025, às 18h40

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Jack Teixeira vazou informações do Pentágono - Getty Images; reprodução
Jack Teixeira vazou informações do Pentágono - Getty Images; reprodução

Jack Teixeira, membro da Guarda Aérea Nacional de Massachusetts, iniciou sua corte marcial na segunda-feira, 10, por novas acusações, após se declarar culpado no ano passado pelo vazamento de documentos militares altamente confidenciais sobre a guerra na Ucrânia.

Em março passado, Teixeira se declarou culpado de seis acusações de retenção e transmissão intencionais de informações de defesa nacional, sob a Lei de Espionagem, após sua prisão na mais grave violação de segurança nacional em anos.

Condenado em novembro a 15 anos de prisão, o então procurador-geral Merrick Garland afirmou que a sentença ressaltava a seriedade de proteger os segredos do país e a segurança da população americana.

Agora, na Base Aérea de Hanscom, em Massachusetts, Teixeira enfrenta acusações adicionais de desobediência a ordens e obstrução da justiça. Seu advogado, o tenente-coronel Bradley Poronsky, pediu a rejeição da acusação de obstrução, argumentando que isso configuraria dupla incriminação, já que esse aspecto foi considerado na sentença anterior. No entanto, os promotores discordaram, e o juiz militar adiou o processo até quinta-feira.

Corte Marcial

Os promotores sustentaram que a corte marcial é apropriada, visto que a obediência às ordens é essencial nas forças armadas. A defesa de Teixeira afirmou que novas ações configurariam perseguição dupla pelo mesmo crime.

Os documentos vazados expuseram avaliações secretas sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia, revelando movimentos de tropas e o fornecimento de suprimentos às forças ucranianas.

Teixeira também divulgou planos de um adversário dos EUA para atacar militares americanos no exterior. Ele admitiu ter compartilhado essas informações na plataforma Discord, coletando ilegalmente alguns dos segredos mais confidenciais do país.

Antes de sua sentença em novembro, Teixeira expressou arrependimento, afirmando que aceitava total responsabilidade por suas ações. Após a audiência, ele se despediu de seus advogados e familiares antes de ser levado sob custódia. Sua mãe e outros familiares enviaram cartas ao tribunal pedindo clemência, destacando os desafios pessoais de Teixeira.

A violação de segurança gerou preocupações sobre a capacidade do país de proteger informações confidenciais, obrigando o governo Biden a conter as repercussões diplomáticas e militares. O Pentágono reforçou medidas de segurança e puniu membros que falharam em agir diante do comportamento suspeito de Teixeira.

O ex-diretor do FBI, Chris Wray, destacou que as ações de Teixeira colocaram em risco a segurança nacional, as tropas americanas e seus aliados. Ele afirmou que o FBI continuará trabalhando para proteger informações sigilosas e assegurar que os responsáveis enfrentem a justiça, conforme repercutido pelo NY Post.

Teixeira, natural de North Dighton, Massachusetts, fazia parte da 102ª Ala de Inteligência na Base da Guarda Aérea Nacional de Otis, atuando como especialista em sistemas de transporte cibernético. Atualmente, permanece na Guarda Aérea Nacional sem remuneração.

As investigações revelaram que ele inicialmente digitava informações confidenciais, passando depois a compartilhar fotos de documentos marcados como "secreto" e "ultra secreto". Para tentar ocultar suas ações, Teixeira destruiu dispositivos eletrônicos, como um tablet, um laptop e um console Xbox, encontrados descartados em uma lixeira em sua residência.