O terreno da Abadia, que estava tomado por restos mortais humanos, costumava ser usado por monges
Arqueólogos da Pre-Construct Archaeology escavaram o terreno da Abadia de Westminster, em Londres, na Inglaterra, e descobriram uma antiga sacristia medieval, utilizada por monges durante o século 13. Na área havia centenas — senão milhares — de restos mortais humanos.
As informações são do jornal The Guardian. O arqueólogo Chris Mayo, segundo o jornal britânico, relatou ter dificuldades de andar no terreno devido às muitas ossadas: “Você precisa ter cuidado por onde anda”, afirmou Mayo. “Você pode ver do chão que há enterros por toda parte.”
Além dos despojos, foram encontrados também alguns artefatos; entre eles, uma bacia usada por monges na Igreja do monarca Edward, o Confessor. Acredita-se que o utensílio servia para lavar as mãos ao entrar no local sagrado.
Outro achado foi um tubo de chumbo, que teria fornecido água para o mosteiro. Ainda havia fragmentos de gesso com resquícios coloridos, indicando que as paredes da sacristia eram decoradas com flores pintadas à mão nas cores vermelha, branca e preta.
Por fim, foram encontrados objetos domésticos do século 18, como pratos de porcelana, penicos, vasilhas de vidro, pentes e escovas. Entretanto, a última data de reconstrução da sacristia da Abadia de Westminster é do ano de 1250, quando Henrique III a reconstruiu a partir de sua construção original do rei Edward.
A explicação para esses dois períodos de tempos diferentes é que o local era usado como cemitério para monges no século 13, mas, em 1740, o mesmo edifício pode ter sido reaproveitado para uma habitação doméstica, que foi depois demolida — daí a presença dos artefatos domésticos.