O desligamento do advogado foi confirmado pelo Diário Oficial da União, que ainda anunciou o nome do novo ministro da pasta
Em janeiro de 2019, logo que Jair Bolsonaro assumiu a presidência do Brasil, o advogado Ricardo Sallestornou-se ministro do Meio Ambiente. Nesta quarta-feira, 23, contudo, o advogado pediu demissão do posto no Ministério, segundo a CNN.
O pedido foi feito durante um breve discurso, no qual Salles falou sobre seus dois anos e seis meses de gestão. Nesse sentido, o advogado afirmou que procurou “colocar em prática a orientação que foi colocada pelo senhor presidente da República Jair Bolsonaro desde o primeiro dia de governo. Orientação essa que foi de equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação do Meio Ambiente".
Agora, segundo uma edição extra do Diário Oficial da União, que oficializou a demissão do ministro, quem irá assumir o cargo é Joaquim Álvaro Pereira Leite. Mesmo antes da nomeação, ele já atuava na pasta como secretário da Amazônia e Serviços Ambientais.
Tendo chegado à sua antiga posição ainda na gestão de Salles, Álvaro Pereira também trabalhou como diretor do Departamento Florestal, entre julho de 2019 e abril de 2020. Em tal posto, o novo ministro era responsável pelo combate ao desmatamento ilegal.
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Ainda durante seu recente discurso, o ex-ministro do Meio Ambiente afirmou que diversas medidas tomadas por ele dentro da pasta sofreram “contestações” na Justiça. Segundo o Diário Oficial, Salles ainda confirmou que deixa o Ministério “a pedido”.
Sobre sua gestão, o advogado pontuou que deu a devida prioridade para a agenda ambiental urbana, através de políticas voltadas ao saneamento básico. Ainda mais, Salles afirmou que buscou fortalecer órgãos de fiscalização como o Ibama e ICMBio.
Acontece que, segundo a CNN, o ex-ministro não citou, em nenhum momento, as investigações que questionam sua gestão. Nesse âmbito, Ricardo Sallesé acusado de ter relação com um amplo esquema de desvio de madeira ilegal, em um processo que enfrenta junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).