"Remanescentes humanos" foram encaminhados para perícia em Brasília, onde identificações devem ser confirmadas
"Remanescentes humanos" que podem ser do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Pereira foram descobertos pela Polícia Federal (PF) com a ajuda do principal suspeito do caso, Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado".
O pescador confessou o duplo homicídio na terça-feira, 14, narrando detalhes do crime. No dia seguinte, 15, ajudou as forças de segurança do Amazonas a encontrarem os restos, indo até o local onde teria enterrado os corpos do repórter e do indigenista.
Em uma região remota, mais de três km de mata adentro, Amarildo guiou as autoridades, depois de um trajeto que envolvia 1h40 de travessia do rio e mais 25 minutos em uma área de mata de difícil acesso.
Em entrevista coletiva na noite de quinta-feira, 15, o superintendente da Polícia Federal (PF) no Amazonas, Alexandre Fontes, afirmou: "Não teríamos condições de chegar ao local de maneira rápida sem a confissão”.
Segundo o g1, os corpos foram encontrados a cerca de 3,1 km de distância do local onde, dois dias antes, haviam sido achados objetos pessoais dos dois, incluindo cartão de saúde e notebook. Na região, o pescador também apontou a embarcação usada por Dom e Bruno que afirmou ter afundado.
Segundo o UOL, o delegado Guilherme Torres da Polícia Civil do Amazonas disse que "tudo leva a crer" que os remanescentes humanos descobertos no local são do correspondente do The Guardian e do servidor da Funai (Fundação Nacional do Índio).
Depois de terem sido levados para o município de Atalaia do Norte, em sacolas, no começo da noite de ontem, os restos foram encaminhados para perícia em Brasília e, confirmadas as identificações dos corpos, devem ser entregues às famílias dos dois.