Jornalista britânico e indigenista estão desaparecidos desde 5 de junho na Amazônia
Desde o dia 5 de junho, o jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira estão desaparecidos na Amazônia. Embora, na manhã da última segunda-feira, 13, a esposa do periodista tenha informado que Polícia Federal lhe contactou para informar sobre a descoberta do corpo do marido e de Bruno, o órgão que relatou o desaparecimento da dupla rechaçou a informação — assim como a PF, que publicou uma nota esclarecendo o assunto.
Entretanto, as investigações sobre o caso não param e mais informações foram relatadas ao fim do dia de ontem. Segundo matéria da Folha de São Paulo, profissionais que atuam nas buscas informaram, em condição de anonimato, que as pistas encontradas levam a crer que a pesca e caça ilegal na região possam ter relação com o desaparecimento de Phillips e Bruno.
Isso porque o local presencia constantes embates entre pescadores ilegais e nomes que defendem o território indígena. O local palco do desaparecimento de ambos está a poucos quilômetros da Terra Indígena Vale do Javari.
Além do mais, agentes da Polícia Federal e da Polícia Civil no Amazonas relataram que o número de suspeitos, agora, já é bem maior do que antes. Até então, as autoridades prenderam preventivamente Amarildo da Costa Silveira.
Conhecido como ‘o Pelado’, o suspeito é morador da região e existem diversos relatos de que Amarildo ameaçou os dois. Conforme repercutido pela equipe do site do Aventuras na História, ‘o Pelado’ afirma que sofreu tortura com agressões e sufocamento com uma sacola plastíca por parte dos policiais. Novos nomes de investigados não foram revelados.
Há mais de 15 anos, o jornalista britânico Dom Phillips fazia reportagens sobre o Brasil para diversos veículos internacionais, como "Washington Post", "New York Times" e "Financial Times", além do "The Guardian" — onde atuava atualmente.
Além de indigenista — pessoa que possui reconhecimento por seu apoio à causa indígena —, Bruno Rodrigues também era servidor federal licenciado pela Funai; além de atuar no suporte da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) em projetos e ações pontuais.
A dupla fazia expedições juntos na região desde 2018, segundo o "The Guardian". De acordo com a Univaja, Bruno era um "experiente e profundo conhecedor da região”.