Amarildo da Costa de Oliveira afirmou que foi sufocado e agredido pelos oficiais
Dom Phillips e Bruno Pereira foram vistos pela última vez no dia 5 de junho, um domingo. O repórter britânico e o ativista pelos direitos de populações indígenas estavam fazendo uma viagem à Terra Indígena do Vale do Javari, na Amazônia quando desapareceram.
Nesta segunda-feira, 13, os seus corpos foram encontrados pela Polícia Federal, segundo afirma a esposa do jornalista, a brasileira Alessandra Sampaio, que teve sua informação repercutida pelo portal G1. Todavia, a informação foi negada pelo comitê de crise coordenado pela Polícia Federal. O órgão enfatiza que 'materiais biológicos que estão sendo periciados', e também pertences pessoais.
Tão logo haja o encontro, a família e os veículos de comunicação serão imediatamente informados", explicou a Polícia Federal.
As primeiras investigações apontaram para a suspeita de um crime por parte Amarildo da Costa Silveira, morador da região, por fazer diversas ameças aos dois, sendo condenado a uma prisão preventiva até as autoridades descobrirem o paradeiro dos homens e realizar exames.
"Enfatizamos que na semana do desaparecimento, conforme relatos dos colaboradores da Univaja, a equipe recebeu ameaças em campo. A ameaça não foi a primeira, outras já vinham sendo feitas a demais membros da equipe técnica da Univaja, além de outros relatos já oficializados para a Policia Federal, ao Ministério Público Federal em Tabatinga, ao Conselho nacional de Direitos Humanos e ao Indigenous Peoples Rights International", apontou a Univaja em nota.
De acordo com reportagem da TV Cultura do dia 7 de maio, Amarildo disse que foi torturado com agressões e sufocamento com uma sacola plástica pelos oficiais, em denúncia registrada na primeira audiência do caso.
A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas se pronunciou e alegou investigar as acusações. Além disso, o órgão ressaltou que "todas as ações do sistema de segurança do Amazonas são pautadas pela legalidade" e que não compactua com desvios de conduta.
Em conjunto, a Defensoria Pública do Estado e a Polícia Federal, enfatizaram que vão investigar e interrogar as últimas abordagens dos policiais envolvidos. Além disso, fora revelado um detalhe das apurações, mostrando manchas de sangue na lancha do suspeito.
O homem de 41 anos tem uma série de casos em que foi acusado de violência contra à comunidade indígena.