Datado do século 16, o Relógio de Sol medieval tem o tamanho de uma caixa de fósforos
Publicado em 08/08/2023, às 11h50 - Atualizado em 13/08/2023, às 10h54
Em escavação realizada numa igreja em Marburg, na Alemanha, alunos da Universidade de Marburg fizeram uma descoberta impressionante: um relógio de sol medieval pequeno o suficiente para caber na palma da mão.
A descoberta sensacional fornece uma visão clara sobre a reunião de um alto nível de conhecimento em astronomia e matemática com artesanato especializado no limiar da Idade Média para os tempos modernos", explica o Dr. Felix Teichner, chefe da escavação, em nota publicada pela Universidade de Marburg.
Feito de bronze e madeira, o relógio de sol portátil, que foi datado do século 16, possui o tamanho de uma caixa de fósforo — o que lhe permitia ser guardado em qualquer local. Em seu centro há um buraco onde caberia um pedaço de madeira, que serviria para mostrar a sombra do sol.
De acordo a Newsweek, esta é a primeira vez que um relógio de sol é encontrado no estado alemão de Hesse. O item, muito provavelmente, pertenceu a um membro dos Irmãos da Vida Comum — comunidade religiosa que residia em um mosteiro no terreno da igreja a partir de 1527.
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Em entrevista ao jornal alemão Hessens Chau, Teichner classificou a descoberta como rara, visto que não restam muitos desses relógios de sol medievais de madeira.
Conforme relata o The Science Times, os relógios de sol começaram a ser fabricados, pelo menos, em 1.500 a.C., sendo desenvolvidos na China, Babilônia e também no Egito. Em pouco tempo, o item se espalhou por espaços públicos e privados. Já em meados do século 16, as pessoas passaram a carregá-lo em seus bolsos.
No entanto, algumas dúvidas permanecem sobre o achado. Teichner e seus alunos não sabem explicar ao certo o motivo do relógio de sol ser encontrado onde foi achado. Afinal, ao Hessens Chau, Felix apontou que as escavações se concentravam em uma área da igreja que era usada para descartar lixo.
O relógio de sol, porém, não foi o único objeto encontrado no local — mas os outros achados ainda precisarão passar por um estudo mais aprofundado. "Estamos cavando aqui no provável depósito de lixo do mosteiro e estamos retirando muita coisa que precisamos examinar primeiro para identificar".