A fortuna é muito maior do que a riqueza pessoal de Elizabeth, que morreu deixando cerca de R$ 2,5 bi
O rei Charles III, do Reino Unido, tem uma fortuna estimada em £ 1,8 bilhão (cerca de R$ 11,3 bilhões). Essa quantia é muito maior do que o montante que sua mãe, a rainha Elizabeth II, acumulou em 70 anos como monarca. A fortuna pessoal da matriarca, falecida em 2022, era estimada em £ 400 milhões (cerca de R$ 2,5 bilhões).
É complicado chegar a um número exato da fortuna pessoal do rei, porque ela se divide em diversas categorias, como dinheiro próprio, heranças que ele recebeu de sua mãe, Elizabeth II, rendas que vem de sua posição como rei, fundos da época de príncipe e reservas familiares. Também não ajuda na investigação do tesouro real que as informações sobre o dinheiro da família real britânica são tidas como secretas.
A monarquianão presta contas à população, como fazem os políticos e os próprios civis. Portanto, não se sabe com transparência qual a fortuna da família real. Segundo a Folha de S.Paulo, um exemplo desses privilégios é o imposto sobre herança britânico, que chega a 40% (no Brasil ele varia entre 2% e 8%) mas não afeta os filhos de Elizabeth II. A fortuna da rainha foi completamente transmitida aos filhos, sem nenhuma tributação.
O "subsídio soberano" é o salário anual de um rei britânico, usado para a folha de pagamentos e a manutenção doméstica da realeza. Segundo a Folha, o último subsídio foi de 86 milhões de libras. Esse dinheiro vem de um fundo de bens da monarquia, como shopping centers e parques eólicos, administrados pelo Crown Estate. O fundo também não é sujeito aos impostos do Reino Unido.
O levantamento da fortuna do rei Charles III foi realizado pelo jornal independente britânico The Guardian, que fez uma auditoria abrangente dos bens do monarca, que vão desde pinturas originais de Claude Monet e Salvador Dalí até R$ 170 milhões (£ 27 mi) só em cavalos.
Em resposta ao The Guardian, que questionou toda a névoa em volta das fortunas pessoais de membros da realeza, o porta-voz do rei Charles III disse: "Embora não façamos comentários sobre finanças privadas, seus números são uma mistura altamente criativa de especulação, suposição e imprecisão".