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Notícias / Leão

Quênia: A morte de um dos mais velhos leões selvagens do mundo por pastores

O animal, que era apelidado de Loonkito, reinou sobre a savana da região por quase 20 anos

Redação Publicado em 13/05/2023, às 13h53 - Atualizado em 29/05/2023, às 09h14

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Fotografia de Loonkito - Divulgação/ LionGuardians
Fotografia de Loonkito - Divulgação/ LionGuardians

Em 10 de maio, aquele que era considerado um dos leões mais velhos do mundo foi morto por pastores no Quênia.

Batizado de Loonkito, o grande felino tinha impressionantes 19 anos, superando em muito a expectativa de vida média dos machos selvagens de sua espécie, que é de apenas uma década — curiosamente, eles tendem a viver mais tempo em cativeiro, podendo chegar a 25 anos. 

Assim, a idade avançada do animal queniano era um símbolo de sua maestria em habitar a savana local. Entretanto, após a região ser atingida por uma seca, o felino ancião, que já possuía uma saúde mais frágil, teria começado a atacar o gado do vilarejo de Olkelunyiet para conseguir comida, ao que foi abatido pelos pastores. 

A reação dos ativistas

O LionGuardians, uma organização de conservação da vida silvestre que busca incentivar maneiras dos humanos coexistirem com o predador terrestre, teve seu comentário sobre o caso divulgado pela BBC:

"[Loonkito] era o leão macho mais velho em nosso ecossistema e possivelmente da África", afirmaram eles.

A entidade observou que a estiagem gerou um "aumento no conflito entre humanos e leões, pois as presas selvagens se tornam mais difíceis de caçar, (...) em desespero por comida, os leões muitas vezes se voltam para o gado". 

No geral, o grupo ativista não culpou a comunidade de Olkelunyiet pelo abate do animal, dizendo que era uma situação difícil tanto para os humanos da região quanto para os leões. Já a Wildlife Direct, ONG de caridade do Quênia, teve uma reação mais firme: 

Este é o ponto de ruptura para o conflito entre humanos e animais selvagens e precisamos fazer mais como país para preservar os leões, que estão em extinção", destacou Paula Kahumbu, diretora-executiva da organização, também de acordo com a BBC.