O animal, que era apelidado de Loonkito, reinou sobre a savana da região por quase 20 anos
Em 10 de maio, aquele que era considerado um dos leões mais velhos do mundo foi morto por pastores no Quênia.
Batizado de Loonkito, o grande felino tinha impressionantes 19 anos, superando em muito a expectativa de vida média dos machos selvagens de sua espécie, que é de apenas uma década — curiosamente, eles tendem a viver mais tempo em cativeiro, podendo chegar a 25 anos.
Assim, a idade avançada do animal queniano era um símbolo de sua maestria em habitar a savana local. Entretanto, após a região ser atingida por uma seca, o felino ancião, que já possuía uma saúde mais frágil, teria começado a atacar o gado do vilarejo de Olkelunyiet para conseguir comida, ao que foi abatido pelos pastores.
O LionGuardians, uma organização de conservação da vida silvestre que busca incentivar maneiras dos humanos coexistirem com o predador terrestre, teve seu comentário sobre o caso divulgado pela BBC:
"[Loonkito] era o leão macho mais velho em nosso ecossistema e possivelmente da África", afirmaram eles.
A entidade observou que a estiagem gerou um "aumento no conflito entre humanos e leões, pois as presas selvagens se tornam mais difíceis de caçar, (...) em desespero por comida, os leões muitas vezes se voltam para o gado".
No geral, o grupo ativista não culpou a comunidade de Olkelunyiet pelo abate do animal, dizendo que era uma situação difícil tanto para os humanos da região quanto para os leões. Já a Wildlife Direct, ONG de caridade do Quênia, teve uma reação mais firme:
Este é o ponto de ruptura para o conflito entre humanos e animais selvagens e precisamos fazer mais como país para preservar os leões, que estão em extinção", destacou Paula Kahumbu, diretora-executiva da organização, também de acordo com a BBC.