Os objetos foram encontrados em um leilão no Reino Unido
No ano de 1868, com o fim da batalha de Magdala entre os impérios etíope e britânico, artefatos pertencentes à Etiópia foram saqueados e levados ao exterior, passando a integrar coleções particulares posteriormente.
Nos últimos tempos, o governo local buscou recuperar o máximo possível. No entanto, segundo autoridades do país, nunca foram devolvidos tantos objetos de uma única vez como no último fim de semana.
Segundo o portal de notícias G1, entre os itens estão artefatos religiosos como uma cruz de procissão e um tríptico colorido que retrata a crucificação de Jesus, além de um escudo imperial vermelho feito de latão.
No mês de junho, um descendente de um soldado britânico que lutou em Magdala ofereceu os objetos em um leilão realizado no Reino Unido.
Vários desses artefatos foram adquiridos em setembro por uma entidade cultural sem fins lucrativos, a Fundação Scheherazade, que os entregou à embaixada etíope.
"A história, os artefatos, indícios de conhecimento indígena, a cultura da antiga civilização de nosso país... foram pilhados na guerra e contrabandeados ilegalmente", declarou o ministro do Turismo da Etiópia, Nasise Challa.
"Há muitos artefatos que foram saqueados de Magdala", afirmou Teferi Meles, embaixador da Etiópia no Reino Unido. "Não conseguimos trazer todos eles de volta, mas esta é a primeira vez na história do país em que artefatos saqueados são trazidos de volta nesta quantidade."