Estados Unidos libera milhares de documentos secretos sobre o assassinato do presidente John F. Kennedy, em 1963
13.173 documentos relacionados ao assassinato do presidente John F. Kennedy, em 1963, foram divulgados nessa última quinta-feira, 15, pelos Arquivos Nacionais dos Estados Unidos. A Casa Branca evitou que fosse a público outros milhares de registros por questões de segurança nacional.
Conforme divulgado pelo UOL, 97% dos documentos foram divulgados.Joe Biden, atual presidente do país, escreveu um memorando informando que os registros que sobraram serão guardados.
O adiamento temporário contínuo da divulgação pública desta informação é necessário para nos proteger de um dano identificável à defesa militar, às operações de Inteligência, à aplicação da lei ou à condução das Relações Exteriores", declarou.
Os especialistas no caso Kennedy afirmaram que dificilmente as informações que não foram liberadas tenham algum fato importante para acabar com teorias que rondam pelo mundo em relação ao assassinato.
Segundo a Comissão Warren — comissão criada em 29 de novembro de 1963 pelo presidente do país, Lyndon B. Johnson, para investigar o assassinato do presidente John F. Kennedy — o assassinato foi organizado por Lee Harvey Oswald, antigo membro franco-atirador da Marinha.
Entretanto, as informações levantadas até o momento não comprovam que Oswald foi responsável pelo caso. Ainda segundo a fonte, muitos arquivos divulgados ligam o nome de Oswald como principal suspeito do crime.
Entre os 13.173 documentos divulgados, um deles conta sobre o interrogatório de um ex-oficial da KGB, em 1990. Nele, o oficial declarou que o principal suspeito foi recrutado pelo serviço de inteligência soviético após desertar o país, porém, as pessoas o achavam "um pouco louco e imprevisível".
Quando Oswald retornou aos Estados Unidos em 1962, a KGB perdeu o contato com ele. Segundo o oficial, a agência soviética "nunca o encarregou de matar o presidente Kennedy".
Um registro de 1991, que conta com declarações de outra pessoa da KGB, diz que Oswald "em nenhum momento foi um agente controlado pela KGB", mesmo que a agência "o monitorasse de perto e constantemente enquanto ele estava na URSS".