Durante pronunciamento, político abordou as sanções impostas pelos Estados Unidos à ilha comunista nas últimas décadas
Nesta segunda, 12, Miguel Díaz-Canel, o presidente de Cuba, fez um pronunciamento transmitido pela televisão em que abordou as imensas manifestações que tomaram o país no último domingo, 11. A notícia foi repercutida pelo G1.
Segundo o político cubano, os protestos antigoverno, que reuniram milhares de pessoas, teriam sido uma resposta a problemas causados pelos embargos econômicos impostos pelos Estados Unidos durante décadas.
Atualmente, Cuba vive sua maior crise econômica desde a queda da União Soviética. Os manifestantes entoaram palavras de ordem pedindo pela renúncia do presidente e expressaram sua insatisfação com o cerceamento de liberdades civis e falta de produtos de necessidade básica.
"Estamos vivendo um momento muito difícil. Precisamos de uma mudança de sistema”, afirmou a professora de dança Miranda Lazara, de 53 anos, que protestou na cidade de Havana, segundo divulgado pelo G1.
Outro motivo de descontentamento foi a maneira como o governo cubano lidou com a pandemia — o país comunista passa por uma alta de novos casos de Covid-19.
"Estamos observando que nas últimas semanas se intensificou nas redes sociais uma campanha contra a revolução cubana, ao redor dos problemas e das carências que estamos vivendo", afirmou Canel em seu pronunciamento, segundo repercutido pela Revista Exame.
Houve ainda um grande volume de policiais em meio aos manifestantes. Os oficiais dirigiam jipes e carregavam metralhadoras.