Entretanto, o governo nega o diagnóstico e afirma que Magufuli, que negava a existência do vírus, faleceu por outro motivo. Entenda!
Após semanas sem aparecer em público, a morte do presidente da Tanzânia, John Magufuli, foi confirmada na última quarta-feira, 17. De acordo com a vice-presidente do país, Samia Suluhu Hassan, ele teria vindo a óbito em razão de problemas cardíacos contra os quais lutava há uma década.
Porém, há outra versão. Conforme o principal opositor do atual governo, Tindu Lissu, que disputou as últimas eleições com Magufuli, a causa da morte do político foi a Covid-19. Segundo o UOL, ele ainda considerou o fato uma "justiça poética", já que John tentava minimizar o vírus, negando-se a adotar medidas para combater a pandemia.
Já havia algum tempo que a ausência do presidente, que não aparecia em público desde o dia 27 de fevereiro, começou a chamar a atenção da população, de modo que surgiram muitos boatos de que ele estava com o novo coronavírus.
Porém, antes mesmo que esses rumores ganhassem força, Lissu, que está no exílio na Bélgica, afirmou que o líder estava internado em estado grave devido à Covid-19 em um hospital da capital do Quênia, em Nairóbi.
"Magufuli morreu de corona", afirmou o opositor em entrevista à emissora queniana KTN realizada na última quarta-feira, 17. "Magufuli não morreu esta noite", disse, Lissu. "Tenho informações, basicamente das mesmas fontes que me disseram que estava gravemente doente, que Magufuli está morto desde quarta-feira da semana passada."
"Isto é justiça poética," prosseguiu. "O presidente Magufuli desafiou o mundo na luta contra o corona (...) Desafiou a ciência. Ele se negou a adotar as precauções básicas que são recomendadas às pessoas de todo o mudo contra o corona", finalizou.