O prédio do MST localizado em Pernambuco, foi atacado no último sábado, 12
Autoridades pernambucanas registraram que um grupo de pessoas invadiu um prédio do centro de formação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Caruraru, no último sábado, 12, e pichou as paredes do local com a palavra "Mito" e símbolos nazistas.
Fora as pichações, o grupo, que ainda não foi localizado pela polícia, incendiou a casa da coordenadora do centro.
Conforme repercutido pela Folha de S.Paulo, os participantes do movimento informaram que a invasão foi feita por quatro pessoas que utilizavam camisas amarelas e que, aparentemente, são apoiadoras do presidente Jair Bolsonaro. A residência da coordenadora, que não teve a identidade divulgada, sofreu alguns danos com o incêndio.
Após o ataque, o MST divulgou um comunicado se expressando sobre a invasão dos bolsonaristas que não aceitaram a derrota nas urnas desde que a vitória de Lulafoi decretada no segundo turno das eleições presidenciais no dia 30 de outubro.
"Os bolsonaristas foram derrotados nas eleições, mas uma minoria, movida pela intolerância, preconceito e ódio de classe, de raça e gênero, não aceitaram os resultados da democracia e estão querendo nos impor um terceiro turno", escreveu o Movimento.
Ainda segundo a fonte, o MST afirmou que depois do ataque, o nível de alerta de segurança tem que ser redobrado.
Temos que manter o alerta para proteger nossas estruturas e garantir a posse de Lula no primeiro de janeiro. Até lá, alerta máximo. Cuidar e proteger nossas estruturas e nossas lideranças, contra a ira do ódio e do preconceito e da intolerância, dos grupos fascistas", declarou.