Material nazista foi encontrado em estabelecimento de Ceilândia, no DF
Em Ceilândia, Distrito Federal, a Polícia Civil realizou uma operação responsável por apreender materiais que fazem apologia ao regime nazista de Adolf Hitler em um estúdio de tatuagem.
Durante a apreensão realizada nesta terça-feira, 8, as autoridades se depararam com livros, quadros, bandeiras. Também foram encontrados um soco-inglês e uma espada.
Conforme repercutido pelo G1, a Polícia Civil encontrou também acessórios, imagens do tirano Hitler e roupas que apresentam símbolos do regime que promoveu o racismo e massacre de minorias durante a Segunda Guerra.
Após a operação, o delegado Luiz Gustavo Neiva disse que uma pessoa prestou depoimento na 23ª Delegacia de Polícia, responsável por apurar o caso, e já foi liberada. Não fora executado mandado de prisão.
A constituição do Brasil é clara quanto a posse de material nazista. A lei 7.716/1989 destaca que é proibido "fabricar, comercializar, distribuir ou veicular, símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo. Pena - reclusão de dois a cinco anos e multa".
Com o apoio de outros nomes cruéis, Adolf Hitler promoveu o massacre de judeus, ciganos, homossexuais, testemunhas de Jeová e outras minorias no período da Segunda Guerra Mundial.
Durante a existência do Terceiro Reich, aqueles que não se 'encaixavam' na ‘raça ariana’ foram enviados para campos de trabalho forçado e também execução. Uma das vítimas brasileiras do regime nazista é o senhor Andor Stern, que faleceu neste ano.
“Eu tive o privilégio de ter reposto tudo que eu perdi. A vida me compensou de verdade: me deu, por exemplo, uma família maravilhosa e a oportunidade de, ainda com a minha idade, ser lúcido. Eu não tenho muito do que reclamar da vida, ainda que tenha vivido o que eu presenciei”, disse ele em entrevista ao site Aventuras na História no ano passado.