A descoberta sugere a existência de outros governantes na época do Rei dos Israelitas
Após três décadas de escavação, arqueólogos da Universidade de Nebraska encontraram na cidade bíblica de Betsaida um portão que remonta ao tempo de Davi, entre 11 e 10 a.C. O achado oferece um vislumbre das antigas civilizações do território, alterando o que se sabia sobre o reino de Israel.
Encontrado em uma colina rochosa com vista para o Mar da Galileia, em Israel, o portão é o mais antigo da área. "Não há muitos portões das capitais neste país a partir desse período", afirmou o arqueólogo-chefe Rami Arav, da Universidade de Nebraska, que supervisiona o projeto desde 1987.
“Betsaida era o nome da cidade durante o período do Segundo Templo, mas durante o Primeiro Templo ela era a cidade de Zer”, explicou Arav, citando uma parte da Bíblia que menciona as cidades fortificadas de Zer.
O portão recém-descoberto indica que o local já foi um centro urbano protegido e importante. Com o achado, os pesquisadores propõem que o rei Davi pode não ter sido o único governante da época, mas apenas um dos vários chefes locais. As ruínas ao redor do portão sugerem que ele fazia parte de um reino aramaico, e não israelita.
Os arqueólogos também encontraram uma estela de pedra com a imagem do deus da lua, datado do século 11 a.C., joias e moedas — uma delas datada de 35 a.C. e feita para comemorar a chegada de Cleópatra e Marco Antônio ao território.
Após o início do projeto de escavação e de sua identificação como um local bíblico, no final dos anos 80, multidões de peregrinos cristãos têm visitado Bethsaida por sua importância no livro sagrado.