Desde o último dia 7 de outubro, cerca de 1.500 crianças foram mortas na Faixa de Gaza
Nas últimas semanas, vídeos surgiram nas redes sociais mostrando crianças palestinas escrevendo os próprios nomes em suas mãos, braços e outras partes do corpo, para facilitar o reconhecimento caso elas faleçam por conta da guerra.
Em razão do crescente número de mortes de crianças na Faixa de Gaza, os pais e os próprios pequenos têm gravado seus nomes em seus corpos, com a intenção de facilitar a identificação das vítimas no caso de falecimento causado por ações das forças israelenses.
In besieged Gaza, children write their names on their hands, a desperate measure to be recognized after potential Israeli airstrikes. 💔#GazaChildrenpic.twitter.com/0W3VuC2ZnX
— أمينة Amina (@AminaaKausar) October 20, 2023
Segundo o jornal local, Al-Jazeera, a maioria das vítimas não foram identificadas. Durante uma entrevista a este mesmo veículo, Ahmed Abu Al-Saba, de 35 anos, explicou a prática.
Escrevemos os nossos nomes nas nossas mãos e os nomes dos nossos filhos nas suas mãos para permitir que os nossos corpos sejam identificados se os aviões de ocupação nos bombardearem", afirmou Ahmed ao Al-Jazeera.
Desde o último dia 7 de outubro, quando o conflito foi agravado pela invasão do Hamas a Israel, cerca de 1.500 crianças foram mortas em Gaza. Conforme repercutido pelo UOL, muitos palestinos foram enterrados em valas comuns, por falta de identificação.
Segundo a Organização das Nações Unidas, “centenas de pessoas, incluindo mulheres e crianças, ainda estejam presas sob os escombros, aguardando resgate ou recuperação”. Em um comunicado, a ONU também apontou que, no último dia 15, 100 corpos não identificados foram sepultados em valas comuns em Rafah, pela falta de espaços com refrigeração para armazená-los propriamente até seu reconhecimento.