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Notícias / Artistas

Por apoio a companhias israelenses, cantora irlandesa denuncia Bono

Mary Coughlan atacou a ligação do vocalista do U2 a empresas israelenses durante a guerra com o Hamas e se disse 'envergonhada'

Gabriel Marin de Oliveira Publicado em 15/05/2024, às 17h27

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Mary Coughlan e Bono - Getty Images
Mary Coughlan e Bono - Getty Images

A renomada cantora irlandesa Mary Coughlan não poupou críticas ao compatriota e líder do U2, Bono, por suas ligações com empresas israelenses. Em entrevista ao Sunday World, Coughlan se declarou “envergonhada” pelas ações de Bono, afirmando ter perdido todo o respeito por ele.

A Forbes publicou que seus investimentos em companhias israelenses geraram mais dinheiro para ele do que a música nos últimos 20 anos", dispara a artista.

Segundo ela, essa postura é inaceitável, principalmente no atual contexto de guerra entre Israel e o Hamas, intensificada após os ataques terroristas do grupo extremista em 7 de outubro.

Coughlan, conhecida por sucessos como “Ancient Rain” e “I'd Rather Go Blind”, alega que o conflito e a dura resposta de Israel à Faixa de Gaza não impediram Bono de investir em empresas do país. “Qualquer um na indústria musical da Irlanda se sente da mesma forma com relação ao U2 neste momento”, afirma.

Relação

Entre os investimentos recentes de Bono em empresas israelenses, a revista Rolling Stone Brasil destacou: um empréstimo de 45 milhões de dólares de um banco israelense para a compra do hotel The Clarence, em Dubai, do qual Bono é sócio; O acordo de transmissão da turnê do U2 pela América do Norte através de um aplicativo da Meerkat, empresa israelense que também fornece tecnologia para o exército do país.

Bono, conhecido por seu ativismo e pacifismo, chegou a se pronunciar sobre o conflito em shows recentes. Em um dos momentos, ele declarou: “É chocante ver o que os filhos de Abraão estão fazendo uns com os outros”. Em outro, após presenciar o sofrimento das crianças palestinas e israelenses, ele disse: “[Ver] isso é quase demais”. Em outubro, o U2 chegou a mudar a letra de “Pride (In the Name of Love)” para homenagear as vítimas de um bombardeio em um festival de música em Israel.

Insatisfação

Coughlan compara a postura de Bono à de Hozier, outro músico irlandês que vem se manifestando em seus shows em apoio à Palestina. Questionada sobre a possibilidade de Bono se juntar a um pedido de cessar-fogo, a cantora responde: “Ele deveria, mas não vai. Ele não está bem-intencionado, é tudo o que tenho a dizer”.

As críticas de Coughlan ecoam a insatisfação de parte da comunidade artística irlandesa com a postura de Bono em relação ao conflito entre Israel e a Palestina. Resta saber se essa pressão pública terá algum impacto nas decisões do músico no futuro.