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Notícias / Estados Unidos

Político dos EUA é acusado de transfobia em discussão sobre gravidez

Josh Hawley questionou a escolha do termo "pessoas capazes de engravidar" pela professora universitária de Direito

Redação Publicado em 13/07/2022, às 15h08

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Trecho da discussão entre Hawley e Bridges - Divulgação/ Youtube/ NBC News
Trecho da discussão entre Hawley e Bridges - Divulgação/ Youtube/ NBC News

Em junho deste ano, a Suprema Corte dos Estados Unidos aboliu a lei federal conhecida como "Roe v. Wade", que garantia o direito ao aborto aos seus cidadãos, ato que gerou indignação por parte de ativistas pró-escolha (isso é, defensores de que a pessoa gestante deveria ser a responsável por decidir o que fazer com seu corpo). 

Já durante uma audiência recente a respeito dos impactos gerados pela abolição desta lei, um senador do Partido Republicano, Josh Hawley, fez comentários caracterizados como transfóbicos por uma professora de direito presente na reunião. 

A acadêmica,Khiara Bridges, estava sendo ouvida pelos parlamentares em relação ao tópico de direitos reprodutivos, segundo repercutido pelo The Guardian, quando o político conservador começou a fazer os questionamentos que seriam criticados por ela. 

“Você se referiu a 'pessoas com capacidade para engravidar'. Seriam mulheres?”, perguntou Hawley

Muitas mulheres, mulheres cis, tem capacidade para engravidar. Muitas mulheres cis não têm capacidade para engravidar. Há também homens trans que são capazes de engravidar, assim como pessoas não-binárias que são capazes de engravidar", esclareceu a professora. 

Pessoas cis, trans e não-binárias

Ainda de acordo com as informações repercutidas pelo The Guardian, as perguntas do senador republicano prosseguiram: 

"Então esta não é realmente uma questão de direitos das mulheres. É... é o quê?, replicou ele. 

“Podemos reconhecer que isso [o direito ao aborto] afeta as mulheres e, ao mesmo tempo, reconhecer que afeta outros grupos, essas coisas não são mutuamente exclusivas, senador Hawley (...) Quero reconhecer que sua linha de questionamento é transfóbica e expõe as pessoas trans à violência por não reconhecê-las”, afirmou Bridges durante a audiência. 

O político conservador perguntou ainda se o que a professora estava dizendo era que ele expunha transexuais à violência ao "indagar se as mulheres são ou não as pessoas que podem engravidar", ao que a acadêmica citou uma estatística referente à saúde mental dentro deste grupo da comunidade LGBTQ+. 

Quero observar que uma em cada cinco pessoas transgênero tentou suicídio. Negar que pessoas trans existem e fingir não saber que elas existem é perigoso", concluiu ela. 

A interação entre os dois ainda incluiu a admissão, por parte de Hawley, que ele não acreditava que homens podiam experienciar uma gravidez, o que a professora classificou como problemático por ignorar a existência de homens transexuais que eram capazes de engravidar. 

Confira a discussão dos dois (em inglês) abaixo: