O padrasto foi preso hoje junto com a mãe, Monique Medeiros, que teria ido ao salão de beleza após o enterro do filho
A Polícia Civil do Rio de Janeiro formalizou na manhã desta quinta-feira, 8, o pedido de prisão do casal envolvido na morte do menino Henry Borel — a mãe, Monique Medeiros, e o padrasto, médico e vereador Dr. Jairinho. Este último é apontado pelo órgão como o responsável por desferir chutes e socos na cabeça e torso do garoto de 4 anos de idade, como informa o portal G1.
Somado a causa da morte, a investigação suspeita que, semanas antes do óbito, o político teria praticado ao menos pelo menos uma sessão de tortura conta Henry, com a companheira sabendo das agressões. Os métodos teriam sido semelhantes ao espancamento que resultou no óbito, com o garoto trancado com Jairinho no quarto e sem a possibilidade de defesa.
Anteriormente, o jornal Correio Braziliense havia divulgado os hematomas identificados na morte; o abdômen e membros superiores estavam com múltiplas lesões, além da infiltração hemorrágica na parte frontal, lateral e posterior da cabeça, resultando em edemas no encéfalo. Uma contusão no rim à direita, traumas pulmonares e grandes quantidades de sangue espalhadas pela barriga.
Os investigadores da 16ª DP (Barra da Tijuca) também evidenciam a frieza do casal; no dia seguinte ao enterro do filho, Monique ignorou o luto e passou a tarde em um salão de beleza em um shopping, com três profissionais prestando serviços de pedicure, manicure e cabelo.
No domingo de 7 de março de 2021,o engenheiro Leniel Borel deixou seu filho Henry na casa da mãe do garoto, sua ex-esposa Monique. Segundo a mulher, via UOL, o menino teria chegado cansado, pedindo para dormir na cama que ela dividia com Jairinho.
Por volta das 3h30 da madrugada, o casal foi verificar o pequeno e acabou encontrando Henry no chão, já desacordado. Monique e o vereador levaram o garoto às pressas para o hospital, enquanto avisavam Leniel, que, desconfiado, abriu um Boletim de Ocorrência.
O caso começou a ser investigado no mesmo dia e, até hoje, a polícia já ouviu cerca de 18 testemunhas. Tendo em vista que a morte do garoto foi causada por “hemorragia interna e laceração hepática [danos no fígado] causada por uma ação contundente”, os oficiais já reuniram provas o suficiente para descartar a hipótese de um acidente, segundo o G1.
O inquérito, no entanto, ainda não foi concluído e, dessa forma, nenhum suspeito foi acusado formalmente, mesmo que a polícia acredite que trate-se de um assassinato. Da mesma forma, falta esclarecer o que realmente aconteceu com Henry naquele dia.