Robert E. Lee foi um militar da Confederação e sua estátua foi amplamente criticada
Pedro Paulo Furlan, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 08/12/2021, às 20h05 - Atualizado às 20h09
Foi decidido nesta quarta-feira, 8 de novembro, que a estátua de Robert E. Lee, localizada no município estadunidense de Charlottesville, será derretida e transformada em uma nova obra de arte, seguindo o projeto do movimento “Swords Into Plowshares” (“Espadas Em Arados”, em tradução livre), do Centro de Herança Afro-americana Jefferson School.
O general militar Robert E. Lee fez parte da Confederação Americana, que lutou na Guerra Civil dos Estados Unidos em nome do sul do país, que defendia que a escravidão não deveria ser abolida. O fato de que a cidade citada acima tinha um monumento honrando um oficial de exército escravocrata é algo polêmico há anos.
O conselho de Charlottesville votou unanimemente, 4 a 0, que o material da estátua, removida em julho deste ano, fosse dado ao centro Jefferson School, para que decidissem como seria utilizado.
O novo projeto é uma maneira de ressignificar um passado tóxico, como relata Andrea Douglas, diretora executiva da organização.
Nossa esperança com o "Espadas em Arados" é a de criar uma obra que transforma algo que um dia foi tóxico no nosso espaço público em algo lindo que possa refletir melhor os valores sociais de nossa comunidade inteira", explicou à Associated Press.
Junto à história sombria de Robert E. Lee, a estátua também foi o centro de encontro do comício “Unite the Right”, de 2017, que reuniu neonazistas e supremacistas brancos, além de ter sido palco para muita violência. As informações são do portal de notícias BBC.
A decisão em escolher um novo artista também se conecta a este acontecimento, permitindo que as mais diversas pessoas entrem em contato com esta história e tomem ação para mudar o futuro, explicado pela diretora.
Estamos dando oportunidades para que pessoas engajem com nossas próprias narrativas e nossas próprias histórias. Este projeto oferece um mapa para que outras comunidades façam o mesmo".