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Notícias / Gaza

Poeta palestina refletiu sobre a guerra antes de morrer durante bombardeios em Gaza

Heba Abu Nada, poeta e romancista palestina, foi morta após bombardeios em Gaza

Redação Publicado em 23/10/2023, às 10h18

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A poeta e romancista Heba Abu Nada - Arquivo Pessoal
A poeta e romancista Heba Abu Nada - Arquivo Pessoal

O Ministério da Cultura palestino anunciou a morte de Heba Abu Nada após bombardeios em Gaza na sexta-feira, 20. Poeta e romancista, ela foi responsável pela publicação da obra 'Oxygen is Not for the Dead', em 2017. 

Aos 32 anos, Heba Abu Nada foi morta como resultado do bombardeio em Khan Ynis, na turbulenta Faixa de Gaza. Ela nasceu em Meca, em 1991 e cursou bioquímica na Universidade Islâmica de Gaza. Dedicada, fez mestrado em nutrição clínica. 

Heba Abu Nada também se destacou no Prêmio Sharjah de Criatividade Árabe por seu romance, 'Oxygen is Not for the Dead'. Ela conquistou o segundo lugar na categoria romance. 

Reflexão

Através de sua conta oficial no X, antigo Twitter, a poeta e romancista passou a refletir sobre o conflito entre Israel e o grupo Hamas, que já deixou inúmeros mortos e feridos. 

"A noite da cidade é escura, exceto pelo brilho dos mísseis, silenciosa, exceto pelo som dos bombardeios, assustadora, exceto pela garantia das súplicas....", escreveu ela em 8 de outubro, um dia após o ataque do Hamas contra Israel. 

Através do X, o escritor e jornalista brasileiro Cesar Calejon lamentou a morte da jovem poetisa e escritora. 

"Uma das poetisas e romancistas feministas mais talentosas de Gaza, Heba Abu Nada, foi assassinada na última sexta-feira durante o genocídio israelense contra o povo palestino. Pouco antes de ser morta, ela escreveu: 'Se morrermos, saibam que estamos satisfeitos e firmes, e digam ao mundo, em nosso nome, que somos pessoas justas, do lado da verdade'. Seu último poema, que foi escrito antes de ser assassinado em meio ao genocídio de Israel contra a Palestina: 'A noite na cidade é sombria, exceto pelo brilho dos mísseis; silencioso, exceto pelo som do bombardeio; aterrorizante, exceto pela promessa tranquilizadora da oração; escura, EXCETO PELA LUZ DOS MÁRTIRES. Boa noite'", escreveu Calejon.