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Notícias / Bolsonaro

Pobres foram ‘acostumados’ a não aprenderem profissão, diz Bolsonaro

Em entrevista, o presidente Jair Bolsonaro também contestou os dados da fome: “Tem gente passando fome? Tem, mas não nesse número todo"

Redação Publicado em 22/09/2022, às 13h05

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O presidente Jair Bolsonaro em motociata - Getty Images
O presidente Jair Bolsonaro em motociata - Getty Images

Na noite de ontem, 22, o presidente Jair Bolsonaro concedeu uma entrevista ao canal Rede Vida. Entre os assuntos abordados pelo mandatário estavam o aumento de sua popularidade no Nordeste e o questionamento aos dados da fome no Brasil. 

Mas um ponto que gerou uma enorme polêmica foi outro: a linha de pobreza da população brasileira. Para Bolsonaro, pessoas que sofrem com tal grau de vulnerabilidade não estão acostumadas a aprenderem uma profissão. 

Tirar as pessoas da linha da pobreza é um trabalho gigantesco, são pessoas que foram ao longo dos anos acostumadas a não se preocupar, ou o Estado negar uma forma de ela aprender uma profissão. Nós pensamos e trabalhamos de forma diferente”, declarou. 

Além do mais, o presidente também disse que não são todas as profissões que precisam de capacitação. "Por exemplo, você quer vender uma carrocinha de cachorro-quente na praça. Você não tem que ter estudo para isso, com todo o respeito. Você tem que entrar com o pedido de alvará e a prefeitura conceder".

Fome no Brasil?

Na mesma entrevista, o candidato à reeleição ainda questionou os dados da fome no país. "O outro candidato foi em Santa Catarina e disse que lá tinham 500 mil pessoas passando fome. Tem gente passando fome? Tem, mas não nesse número todo".

Recentemente, a equipe do site do Aventuras na História repercutiu um estudo da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (PENSSAN) , apontando que três em cada dez famílias brasileiras sofrem, em algum nível, com a falta de alimentos e, consequentemente, passam fome

Já dados do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil mostram que, apenas em Santa Catarina, mais de 558 mil pessoas vivem da chamada insegurança alimentar moderada — quando nem todas as alimentações diárias são feitas para economizar; seja por pais que abrem mão do alimento para garantir o dos filhos, ou até mesmo por não terem acesso ao gás de cozinha. 

Por fim, Bolsonaro alegou acreditar que no próximo pleito eleitoral terá o dobro de eleitores no Nordeste do que nas eleições de 2018: "Eu tenho certeza que, no mínimo, terei o dobro da votação que tive no passado no Nordeste, em alguns lugares, até com chance de ganhar”. 

De onde vem isso? Primeiro, de tratá-los com dignidade, como irmãos de verdade, levar a verdade para eles", concluiu.