Estudos mostram que o organismo possui um composto bioativo com potencial medicinal
Um estudo realizado na Universidade Nacional de Chungbuk, na Coreia do Sul, divulgado na revista Frontiers in Microbiology nesta terça-feira, 27, revelou que os esporos dos fungos do gênero Cordyceps podem ter um potencial medicinal capaz de desenvolver medicamentos antivirais e contra o câncer.
Segundo comunicado, a equipe da professora Mi Kyeong Lee encontrou uma forma de cultivar os fungos em ambiente controlado, fato que permite que estes organismos possam desenvolver atividades terapêuticas a partir da substância denominada cordicepina, que auxilia na antiproliferação e anti-metástase no crescimento em células cancerígenas.
Lee também afirmou:
Além disso, descobertas recentes de pesquisas recomendam fortemente estudos pré-clínicos e clínicos de cordicepina para o tratamento abrangente da Covid-19".
De acordo com informações publicadas pela revista Galileu, os fungos Cordyceps são raros na natureza e conhecidos por terem hábitos alimentares baseados na infecção dos insetos que, posteriormente, se enfraquecem e morrem.
Para os estudos, a equipe buscou por insetos comestíveis como, por exemplo, grilos, larva-da-farinha, gafanhotos e besouros, a fim de encontrarem uma alternativa diferente da convencional, sendo os grãos, para o crescimento dos organismos.
A conclusão encontrada pelos pesquisadores foi a de que os fungos passaram a produzir aproximadamente 100 vezes mais níveis de cordicepina, devido ao novo método de alimentação utilizado nas investigações.
Em nota, Lee ainda acrescentou, a respeito da importância dos resultados:
O método de cultivo de Cordyceps sugerido neste estudo permitirá a produção de cordicepina de forma mais eficaz e econômica. Também pensamos que uma produção mais eficiente pode ser possível através do uso de outros insetos, o que precisa ser demonstrado por estudos adicionais".