Antigamente, se acreditava que os habitantes de Rapa Nui estavam em crise social quando os holandeses chegaram, mas foi provado o contrário
Segundo nova pesquisa, o fim da sociedade de Rapa Nui, ou Ilha de Pascoa, teria ocorrido depois do que se acreditava: ele teria sido consequência do contato com os exploradores europeus no século 18. A pesquisa foi divulgada pelo Journal of Archeological Science.
"O pensamento geral é que, quando os europeus chegaram por lá pela primeira vez, a sociedade encontrada já havia entrado em colapso. Entretanto, nossa conclusão é que a construção de monumentos e os investimentos ainda eram partes importantes de suas vidas [dos nativos] quando os visitantes chegaram.", afirmou Robert J. DiNapoli em comunicado oficial da descoberta.
Conclusão foi possível após análises em radiocarbono nos monumentos da ilha, cruzadas com documentos europeus da época. Segundo a visão conjuntural produzida, é possível afirmar que, em 1722, quando os holandeses chegaram na ilha, os monólitos eram plenamente usados em rituais.
Enquanto isso, não há indícios de decadência cultural ou econômica até então. Mesmas informações são plausíveis para o ano de 1770, quando os espanhóis tomam o local.
"Suas estadias foram curtas e suas descrições, breves e limitadas. Mas elas fornecem informações úteis para nos ajudar a pensar sobre o momento de construção e o uso dessas estruturas como parte de suas vidas culturais e religiosas." A decadência de Rapa Nui, segundo DiNapoli, teriam sido as séries de doenças, invasões, assassinatos, capturas e destruições causadas pela presença europeia.