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Notícias / Arqueologia

Pesquisadores criam a primeira imagem em 3D do cérebro de um dinossauro

O modelo mostra o órgão de um anquilossauro em detalhes, indicando o sistema auditivo e a vascularização da cabeça do animal

Pamela Malva Publicado em 06/06/2020, às 11h30

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Imagem meramente ilustrativa de um anquilossauro - Wikimedia Commons
Imagem meramente ilustrativa de um anquilossauro - Wikimedia Commons

A partir de fragmentos do crânio de um anquilossauro, paleontólogos russos moldaram o primeiro modelo detalhado em 3D do cérebro de um dinossauro. Além da massa, os estudiosos ainda traçaram seu sistema auditivo e os vasos sanguíneos da cabeça.

A equipe da Universidade de São Petersburgo estudou fósseis datados do Cretáceo Superior durante três anos até chegar na imagem digital. Ela mostra, em detalhes, o órgão de um anquilossauro da espécie Bissektipelta archibaldi, um animal herbívoro.

Vivos desde o período Jurássico — há 160 milhões de anos —, eles tinham um olfato quase tão apurado quanto o dos Tiranossauros rex. Os estudos mostram que quase 60% do cérebro dos anquilossauros eram compostos por bulbos olfativos.

A habilidade permitia uma maior facilidade em procurar alimentos e indivíduos do sexo oposto, além de ajudar a sentir a aproximação de predadores. Ainda mais, a pesquisa, publicada na revista Biological Communications, revelou que o cérebro dos anquilossauros era bastante pequeno.

Imagem em 3D do cérebro de um anquilossauro / Crédito: Divulgação/Ivan Kuzmin

Segundo Ivan Kuzmin, principal autor do artigo, no entanto, isso não impediu a sobrevivência desses animais. "Os anquilosauros existiram no planeta durante 100 milhões de anos e foram bastante bem-sucedidos em termos de evolução", explica.

"Outra característica interessante do anquilosauro que descobrimos", conta Ivan, "foi sua capacidade de literalmente esfriar o cérebro". Basicamente, os Bissektipelta archibaldi tinham uma rede vascular semelhante à dos lagartos modernos, o que permitia que eles diminuissem a temperatura do órgão.

Os fragmentos utilizados pela pesquisa foram encontrados em um sítio arqueológico no Uzbequistão, entre 1990 e 2000. As escavações foram feitas em uma área do país conhecida por sua riqueza em fósseis de diversas espécies pré-históricas.