O estudo, publicado recentemente, levantou uma hipótese melancólica sobre a dupla
No ano passado, arqueólogos chineses descobriram uma tumba incomum na cidade de Datong, na província de Shanxi; eles descobriram dois esqueletos abraçados. Agora, suas conclusões foram publicadas em um estudo sobre o caso.
A Universidade Jilin foi responsável por analisar os curiosos restos mortais e as considerações de seus pesquisadores foram relatadas em uma pesquisa divulgada pela agência Xinhua, a agência oficial do governo da China, ontem, 16.
Os cientistas sugeriram que os dois indivíduos viveram durante a Dinastia Uei do Norte, entre os anos 386 e 543. Eles apontaram ainda que os esqueletos provavelmente foram enterrados há cerca de 1,6 mil anos.
O estudo revelou detalhes sobre os restos mortais. Um exemplo é a posição em que eles estavam: a primeira pessoa colocou os braços em volta da cintura do segundo indivíduo, que encostou a cabeça em seu peito.
Os arqueólogos também notaram as condições físicas em que se encontravam aquelas pessoas quando morreram. Uma delas, por exemplo, estava com uma fratura infecciosa não curada no braço direito. Além disso, o estudo também apontou que se tratava de um homem.
O outro esqueleto, que seria de uma mulher, não apresentava nenhum problema físico, estando saudável. Para os estudiosos, isso pode indicar que os dois tiraram suas próprias vidas para morrerem juntos.
Outra minúcia interessante é que uma das ossadas, a da mulher, tinha um anel de prata no dedo anelar da mão esquerda.
O estudo considerou a descoberta de 2020 extremamente importante, embora outras sepulturas de pessoas abraçadas já tenham sido identificadas na China.
A partir da análise em conjunto dessas tumbas, será possível entender mais sobre as noções do passado em relação à amor, vida e morte, por exemplo.