O projeto, que leva o nome “fora imigrantes não-integrados”, busca deportar imigrantes não adaptados a leis e costumes da Dinamarca até 2030
A ex-ministra da Imigração e Integração da Dinamarca, Inger Støjberg (sem partido) e o Partido Popular Dinamarquês se juntaram na última terça-feira, 5, para apresentar projeto de lei que, caso aprovado, deve deixar leis de imigração do país mais rígidas.
O projeto, que pode afetar a vida de mais de 50 mil pessoas, tem como finalidade a facilitação da deportação de imigrantes e refugiados, que poderiam ser expulsos do país.
Isso pode acontecer caso não sejam aprovados no teste de proficiência da língua dinamarquesa no nível intermediário ou superior, estejam desempregados há mais de 12 meses consecutivos, dependam apenas de auxílios governamentais ou tenham sido condenados a penas superiores a três meses.
Além disso, a primeira-ministra do país, Mette Frederiksen, apresentou em setembro um plano econômico que exige que mulheres vindas de países de maioria muçulmana sem ocupação remunerada façam 37 horas de trabalho voluntário semanais para que possam continuar recebendo benefícios sociais do Estado dinamarquês.
Støjberg e o Partido Popular Dinamarquês precisam de 90 votos da maioria simples do Parlamento para que seu projeto seja aprovado. Partidos considerados de extrema-direita ocupam apenas 21 das 179 cadeiras, e qualquer proposta feita pelos políticos dinamarqueses deve ser discutida ao menos três vezes. Caso aprovada, a lei terá efeito retroativo e imediato.