Essa é a terceira vez em dois meses que o Resistência Nacional faz ameaças ao SOS Racismo
No último sábado, 8, um grupo de extrema direita — que usavam roupas pretas, máscaras brancas e carregavam tochas acesas — fez uma vigília em frente à sede do SOS Racismo, em Lisboa, que estava vazia. As informações são da Folha de S. Paulo.
Após a manifestação, Mamadou Ba, diretor da entidade, declarou: "Sair às ruas como a Ku Klux Klan ameaça não só a segurança das pessoas, mas a ordem constitucional do país". Apesar de em Portugal a formação de grupos com ideologias fascistas e nazistas serem proibidos constitucionalmente, um relatório divulgado pela Europol registrou ao menos a atuação de três facções de extrema-direita.
Denominados de Resistência Nacional, esta é a terceira vez em dois meses que o grupo protesta contra o SOS Racismo, que é acusado de “jamais ter defendido um português” e de realizar um trabalho que vai contra “os valores nacionais”.
“O grupo ultrapassou todas as linhas vermelhas, adotou uma escalada de terror para legitimar sua presença no espaço público”, diz Ba, que alega que o Resistência Nacional está ligado à rede neonazista Hammerskin — formada, principalmente, por ex-militares, policias e seguranças privados.
Segundo uma nota divulgada pela Europol, “apesar de uma capacidade diminuída de mobilizar seguidores e membros, o grupo organizou encontro de diretores em Sintra e, em março, reuniu em Lisboa diferentes gerações de skinheads, incluindo veteranos militantes do extinto Movimento de Ação Nacional”.