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Notícias / Vaticano

Papa nomeia primeira mulher para cargo de chefia no Vaticano

Irmã Simona Bramblia foi designada como chefe de departamento do pontificado, sendo a primeira mulher a cumprir a função na história; entenda!

Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 06/01/2025, às 17h50

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Papa Francisco - Getty Images
Papa Francisco - Getty Images

O Papa Francisco anunciou nesta segunda-feira, 6, a nomeação histórica da Irmã Simona Brambilla como a primeira mulher a liderar um dicastério — equivalente a um ministério — no Vaticano.

A decisão representa um marco no compromisso do pontífice em ampliar a presença e liderança feminina na Igreja Católica. Desde 2022, as mulheres podem ocupar oficialmente cargos de chefia em dicastérios. Contudo, até então, seus cargos eram limitados às funções secundárias ou interinas.

Exemplos disso são Raffaella Petrini, vice-governadora da Cidade do Vaticano; Barbara Jatta, diretora dos Museus do Vaticano; Alessandra Smerilli, secretária interna do escritório de desenvolvimento do Vaticano; e Nathalie Becquart, co-subsecretária do Sínodo dos Bispos.

Nem todos os dicastérios, porém, são acessíveis às mulheres. Departamentos como o Dicastério para os Bispos e o Dicastério para o Clero, ligados ao sacerdócio exclusivamente masculino, continuam restritos às lideranças masculinas.

Irmã Brambilla, de 59 anos, assumirá o Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, responsável pela supervisão das ordens religiosas. Apesar de ser uma conquista significativa, sua liderança será compartilhada com um colider masculino, Ángel Fernández Artime.

Nascida em Monza, na Itália, Brambilla iniciou sua carreira como enfermeira antes de ingressar na vida religiosa em 1988. Atuou como missionária em Moçambique e foi eleita diretora do Instituto das Irmãs Missionárias da Consolata em 2011 e reeleita em 2017. Desde 2019, trabalha no dicastério que agora comandará.

Legado

Sob a liderança de Francisco, a representatividade feminina no Vaticano e na Santa Sé aumentou de 19,3% em 2013 para 23,4% em 2023, de acordo com dados divulgados pelo portal Vatican News. O Papa tem promovido uma Igreja mais inclusiva, buscando dar voz a grupos tradicionais marginalizados, incluindo as mulheres.

Críticos, entretanto, apontam que as mudanças permanecem insuficientes. Eles destacam que, tanto no alto escalonamento da Igreja quanto nas paróquias locais, as mulheres continuam desempenhando papéis subalternos, muitas vezes relegadas a tarefas domésticas em condições de pouca ou nenhuma proteção trabalhista.

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