NASA apresentou programa com o objetivo trazer pela primeira vez rochas e sedimentos do Planeta Vermelho para a Terra; entenda!
A NASA, agência espacial dos Estados Unidos, apresentou nesta terça-feira, 7, uma nova estratégia para o seu ambicioso Programa de Retorno de Amostras de Marte, que tem como objetivo trazer pela primeira vez rochas e sedimentos do Planeta Vermelho para a Terra.
Embora o projeto tenha sido inicialmente orçado em cerca de 5 bilhões de dólares (aproximadamente 30,37 bilhões de reais), cortes orçamentários e atrasos imprevistos elevaram os custos estimados para mais de 11 bilhões de dólares (cerca de 66,82 bilhões de reais). Este cenário levou a agência a reavaliar todo o plano, que já está com mais de uma década de atraso.
Apesar dos desafios financeiros, a NASA permanece otimista quanto à viabilidade da missão. A agência anunciou que irá explorar duas opções de pouso em Marte, com um orçamento previsto em torno de 7 bilhões de dólares (cerca de 42,52 bilhões de reais), uma das quais poderá envolver parcerias com empresas privadas.NA
A expectativa é que até 2035, ou no mais tardar em 2039, várias amostras coletadas sejam trazidas de volta à Terra.
Uma das abordagens propostas utiliza técnicas já comprovadas, como o "guindaste voador", que foi empregado para pousar rovers maiores na superfície marciana. A outra alternativa incorpora novas tecnologias comerciais para transportar os veículos responsáveis pela coleta das amostras até a superfície do planeta, aumentando as chances de êxito na missão.
O administrador da NASA, Bill Nelson, destacou a importância dessas amostras: "Essas amostras podem mudar nossa compreensão sobre Marte, o universo e, no fim das contas, sobre nós mesmos", repercute o G1. Ele também mencionou que ambas as alternativas resultarão em uma versão mais compacta e eficiente da missão.
Anteriormente, a NASA planejava enviar um novo robô construído pela Agência Espacial Europeia (ESA) para coletar materiais científicos com a ajuda do rover Perseverance, que transportaria essas amostras até um foguete americano. No entanto, a decisão final sobre o design da missão está prevista para ser anunciada no próximo ano.
Adicionalmente, a missão contará com um veículo menor do que o originalmente projetado para ascender com as amostras à órbita. Em uma mudança significativa, os painéis solares serão substituídos por um sistema nuclear que garantirá funcionamento mesmo durante tempestades de poeira marcianas. As amostras coletadas pelo Perseverance estão armazenadas em 30 tubos.
Nicky Fox, líder da Diretoria de Missão Científica da NASA, enfatizou que o retorno das amostras permitirá aos cientistas analisar a história geológica e climática de Marte em laboratórios avançados na Terra. "Isso também nos preparará para enviar com segurança os primeiros exploradores humanos a Marte".
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