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Notícias / Padre

Padre é chamado a restaurante para funcionários confessarem roubo

Religioso foi chamado pelo dono do estabelecimento, que acusou seus funcionários de roubo

por Giovanna Gomes
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Publicado em 15/06/2023, às 08h46

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Fachada do restaurante onde o incidente ocorreu - Divulgação / Youtube
Fachada do restaurante onde o incidente ocorreu - Divulgação / Youtube

Um restaurante em Sacramento, na Califórnia (EUA), ganhou destaque na mídia após um dos proprietários ter chamado um padre para ouvir os "pecados" supostamente cometidos pelos funcionários no local de trabalho.

A Taqueria Garibaldi, que estava sendo investigada pelo Departamento do Trabalho dos EUA devido à redução salarial de seus empregados, contratou os serviços do religioso para que os funcionários confessassem qualquer roubo que tivessem praticado contra o restaurante.

De acordo com informações do UOL, Eduardo Hernandez, um dos proprietários do estabelecimento, convidou o padre com o objetivo de obter informações dos funcionários católicos que trabalhavam lá. O incidente ocorreu em novembro de 2021.

O que dizem funcionários

Maria Parra, que era garçonete no restaurante mexicano na época, detalhou o incidente em uma declaração apresentada no processo movido pelo Departamento do Trabalho.

No relato, ela explicou que, em vez de confessarem eventos pessoais, o padre conduziu uma espécie de interrogatório, com perguntas voltadas principalmente para o trabalho. Ele questionou se ela havia roubado algo do trabalho, se tinha chegado atrasada, se havia feito algo para prejudicar o empregador e se tinha alguma intenção negativa em relação ao emprego.

Além da redução salarial, a Taqueria Garibaldi enfrentava acusações da Delegacia de Jornada e Horas por alegadamente confiscar gorjetas e não pagar horas extras aos funcionários. Eduardo Hernandez, Hector Martinez e Alejandro Rodriguez, os proprietários do restaurante, também foram acusados de interferir na investigação e intimidar os funcionários caso estes denunciassem o estabelecimento.

Em maio deste ano, os três foram condenados por um juiz federal da Califórnia a pagar US$ 140 mil (R$ 678 mil) em salários atrasados e outros danos, como parte de um acordo.