Armazenados por anos em um sótão, os restos mortais da última batalha de Napoleão Bonaparte podem ter a origem comprovada
Em novembro do ano passado, o historiador Bernard Wilkin tinha acabado de participar de uma conferência na Bélgica e recebeu um curioso contato de um colecionador local, afirmando que ele poderia o ajudar a confirmar uma descoberta feito pelo entusiasta, relacionada a lendária Batalha de Waterloo, que resultou na derrota do exército de Napoleão em 1815.
Wilkin foi convidado para ir até a casa do colecionador, na isolada aldeia de Plancenoit, onde ele teria guardado uma descoberta em seu sótão; ao aceitar e ir até o local, deu de cara com uma série de ossos retirados perto de um antigo campo de batalha onde forças francesas teriam se digladiado com prussianos, apontando que tem a posse dele há pelo menos quatro décadas.
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— Rob '𝔒𝔩𝔡 𝔙𝔞𝔯𝔦𝔞𝔫𝔱' Schäfer (@GerMilHistory) January 24, 2023
Os ossos foram dados de presente por um amigo que desbravava o campo com um detector de metais, tendo ciência de que o colecionador se interessava no tema, como apontou a revista Galileu.
Contudo, nunca os exibiu justificando "razões éticas", principalmente pela integridade dos restos mortais. Um deles chama atenção por estar próximo de intacto: um pé direito com todos os dedos quase completos.
"Ver um pé tão bem preservado é muito raro, porque geralmente os pequenos ossos das extremidades desaparecem no solo", apontou Mathilde Daumas, antropóloga da Universidade Livre de Bruxelas, que agora atesta a veracidade dos ossos, à AFP.