Jogador argentino morreu em 25 de novembro de 2020, aos 60 anos
Oito pessoas, incluindo médicos, enfermeiras e um psicólogo, serão levadas a julgamento pela Justiça argentina por “presumido ato de homicídio simples” no caso da morte do mais notório jogador de futebol do país, Diego Maradona.
Na decisão judicial divulgada ontem, 22, o juiz responsável pela ação levantou questionamentos sobre “as condutas — ativas ou omissas — que cada um dos acusados teria desenvolvido e contribuído à realização do resultado lesivo”.
Segundo a agência de notícias Reuters, os profissionais da saúde acusados são aqueles que cuidaram do futebolista no momento da sua morte, que ocorreu em 25 de novembro de 2020, quando Maradona tinha 60 anos.
O documento de 236 páginas alega ainda que uma investigação feita por promotores revelou que Diego teria morrido “em situação de desamparo” e “deixado à própria sorte” há cerca de um ano e meio.
Em 30 de novembro de 2020, assim que vi a causa da morte, disse que era homicídio. Lutei por muito tempo e aqui estamos, com essa etapa cumprida”, afirmou Mario Baudry, advogado de um dos filhos do jogador.
Os profissionais da saúde que serão julgados no processo são o neurocirurgião e médico pessoal do ex-jogador, Leopoldo Luque, a psiquiatra Agustina Cosachov, os médicos Pedro Di Spagna e Nancy Forlini, o psicólogo Carlos Díaz, os enfermeiros Gisella Madrid e Ricardo Almirón e o chefe deles, Mariano Perroni.
A decisão judicial também conta com uma acusação de falsificação de assinatura de Maradona que teria sido feita por Luque com o intuito de retirar seu histórico clínico do hospital e Cosachov por “falsidade ideológica”.