“Proximidade – Arte e educação depois da covid-19”, de Marlies de Munck e Pascal Gielen, reflete as relações humanas no meio virtual
Recém-lançada pela Editora Cobogó, a obra “Proximidade – Arte e educação depois da covid-19”, da filósofa Marlies de Munck e do sociólogo Pascal Gielen, professores da Universidade da Antuérpia, apresenta uma análise profunda sobre a pandemia e o isolamento social.
Com ilustrações da artista e designer Lotte Lara Schröder, o livro reflete sobre a importância da arte e cultura em momentos emblemáticos da História.
De acordo com os autores, a crise gerada pelo novo coronavírus mostrou à sociedade a importância das relações humanas, uma vez que os movimentos artísticos e a educação também não sobrevivem sem a proximidade entre as pessoas.
Neste período de isolamento social, a tecnologia se mostrou essencial, uma vez que permite conectar e consolar as pessoas. Contudo, por outro lado, para os autores, o meio virtual afetou as relações dentro das salas de aula.
“As pessoas podem parecer bem próximas na tela do computador, mas, juntamente com sua singular distância intangível, parte de seus atrativos se perde. O que se ganha no lugar é uma frustrante aparição que nos torna extremamente cientes do intransponível distanciamento social”, escreveram os escritores.
Para analisar o cenário atual no campo das artes e da educação, os autores retomam conceitos descritos por Walter Benjamin sobre as relações humanas, interligando aos contatos virtuais.
Para ambos especialistas, as pessoas são como obras de arte, isto é, em suas versões virtuais a aura se esvai. Em outras palavras, o contato digital é como uma visita online ao Museu do Louvre.
Disponível na Amazon em formato de capa comum, o livro “Proximidade – Arte e educação depois da covid-19” conta com a tradução de Isabel Diegues.