Família do jovem congolês foi à sede da OAB do Rio na última segunda-feira, 31
A família do jovem Moïse Kabamgabe, vítima de assassinato aos 24 anos, foi até a sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), no centro do Rio de Janeiro, para participar uma reunião na última segunda-feira, 31.
Os representantes da Comissão de Direitos Humanos agora buscam acesso ao inquérito para identificar o gerente e os seguranças do quiosque onde o congolês foi morto na semana passada.
O dono do estabelecimento deverá comparecer à Delegacia de Homicídios da capital, na Barra da Tijuca, nesta terça-feira, 1. Outras oito pessoas já foram ouvidas pelas autoridades, mas, até o momento, ninguém foi preso.
De acordo com informações do portal R7, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB,Álvaro Quintão, citou a existência de imagens de uma câmera de segurança que mostram claramente quem são as pessoas envolvidas no homicídio.
Segundo afirmou o presidente da Seccional, Luciano Bandeira, a Ordem irá cobrar a apuração do crime. "É um compromisso da nossa gestão atuar, dentro das possibilidades institucionais da OABRJ, contra o racismo que assola a nossa sociedade", afirmou.
Os familiares da vítima declararam não sentir mais vontade de morar no Brasil depois do ocorrido. Samir Kabamgabe, irmão de Moïse declarou que sempre, desde que chegou como refugiado em 2014, se sentiu acolhido no país.
"Agora não tenho mais vontade de ficar em um lugar onde eu vou pensar todo dia... No momento em que eu for à praia, vou pensar: meu irmão morreu aqui", afirmou. Moïse foi amarrado e espancado com pedaços de madeira por cinco homens depois de cobrar pagamento atrasado ao gerente do quiosque.