Por muito tempo, a britânica Jane Bunford foi considerada a mulher mais alta do mundo, chegando a registrar 2,41 metros de altura
O cadáver da britânica Jane Bunford, que morreu em 1922 aos 26 anos, sumiu por cerca de cinquenta anos.
Por muito tempo, ela foi considerada a mulher mais alta do mundo, chegando a registrar 2,41 metros de altura.
Jane perdeu o título de mais alta do mundo para a chinesa Zeng Jinlian, que morreu em 1982 aos 17 anos e chegou a alcançar a marca de 2,49 metros.
Aos 11 anos, Jane sofreu uma queda de bicicleta que resultou em uma fratura no crânio, possivelmente danificando permanentemente sua hipófise. Este dano teria causado uma liberação excessiva de hormônios de crescimento, levando ao aumento de sua altura.
Segundo o Guinness, devido à sua estatura extraordinária de quase dois metros na adolescência, Jane enfrentou dificuldades em ambientes cotidianos, sendo alvo de bullying na escola.
Após abandonar os estudos, ela trabalhou na Cadbury's e continuou a crescer, atingindo 2,39 metros aos 21 anos. A britânica viveu de forma reclusa em seus últimos anos de vida, nos quais trabalhava como babá para seus vizinhos.
O recorde registrado, de 2,41 metros, é uma medida estimada ajustada à sua curvatura. Devido ao seu tamanho, Janeenfrentava dificuldades para se manter totalmente ereta devido ao agravamento da curvatura da coluna. Essa condição também resultava em desconforto e dores nas articulações.
Em abril de 1922, Jane morreu aos 26 anos, com diagnósticos de gigantismo e hipopituitarismo devido à produção excessiva de hormônios pela hipófise. Para seu funeral, foi feito um caixão especial de 2,5 metros, mas foi enterrado vazio.
Quase 50 anos após sua morte, em 1971, o Guinness revelou que o esqueleto de uma mulher gigante não identificada, exposto no museu de anatomia da Universidade de Medicina de Birmingham, na verdade pertencia a Jane.
A universidade se recusou a explicar como obteve o corpo de Jane quando questionada, declarando que o fez de maneira apropriada. Após a identificação, a universidade proibiu fotografias do esqueleto e não concedeu mais entrevistas sobre o assunto.
Segundo o Guinness, não há certeza se o corpo de Jane foi vendido pela família para a universidade ou se foi roubado. Apesar da controvérsia, o esqueleto permaneceu exposto na universidade até 2005, quando uma mudança na legislação permitiu que seus parentes o recuperassem.
Em seu segundo funeral, Jane foi enterrada sem lápide em uma cerimônia privada.