Frase veio em discurso do pontífice fazendo referência aos cristãos que morreram por exercer sua religião
Durante a Audiência Geral com o papa Francisco desta quarta-feira, 19, o pontífice afirmou que "nunca se deve matar em nome de Deus". Segundo o UOL, a frase foi dita em lembrança dos religiosos que perderam a vida nos últimos anos por causa de suas fés, com um foco especial em cristãos católicos.
O papa citou freiras do grupo Missionárias da Caridade que foram mortas durante a guerra no Iêmen, que ele chamou de um conflito "terrível, esquecido e que causa sofrimento em tanta gente".
Como as religiosas continuam prestando serviços no local, mesmo após verem colegas perdendo a vida, Francisco pediu orações para que elas "não se cansem de dar testemunho do Evangelho também em tempos de tribulação".
"Não se deve nunca matar em nome de Deus porque, para ele, nós somos todos irmãos e irmãs. Mas, juntos, podemos dar a vida pelos outros. [...] Que todos os santos e santas mártires sejam sementes de paz e de reconciliação entre os povos para um mundo mais humano e fraterno", disse o papa Francisco.
Durante o discurso de quarta-feira, o papa Francisco aindapediu orações pelos ucranianossofrendo com a invasão russa, como tem feito nos últimos tempos. Ele roga que os fiéis continuem a "perseverar na proximidade e na oração para a querida e martirizada Ucrânia, que continua a suportar terríveis sofrimentos".
No fim do mês de março, Francisco foi internado para tratar um problema respiratório. Ele ficou no hospital por poucos dias e depois recebeu alta, mas confidenciou ao seu amigo próximo, Michele Ferri, que sentiu "medo de morrer".
Jorge Bergoglio, nome de nascença do pontífice católico, tem 86 anos e foi internado no hospital Policlínico Gemelli, onde ficou internado o papa João Paulo II após ser baleado em atentado contra sua vida em 13 de maio de 1981.