Novas fotografias do cometa 12P/Pons-Brooks, apelidado de 'cometa do diabo', revelam redemoinho de luzes nunca antes visto; confira!
Com o tamanho estipulado ao de uma cidade, o cometa 12P/Pons-Brooks, mais conhecido pela comunidade astronômica como "cometa do diabo", deve passar próximo à Terra ainda este ano.
Ao passo que se aproximada, astrônomos ao redor do mundo consegue observá-lo com cada vez mais detalhes, o que permitiu que, recentemente, pudessem notar uma bela e curiosa espiral de luz em seu entorno.
Assim como a maioria dos cometas, o 12P possui um núcleo formado basicamente por gelo, gás e poeira. Porém, ao contrário da maioria, é classificado como criovulcânico, o que significa que frequentemente entra em erupção quando em contato com radiação solar, que abre fissuras em seu núcleo e pulveriza seu interior gelado, chamado de criomagma. Quando isso ocorre, ele aparenta ser bem mais brilhante que o normal.
O apelido de "cometa do diabo" se deve, inclusive, a essas erupções. Quando explodiu em julho do último ano, a nuvem de poeira de gás que circunda o núcleo acabou distorcida em forma de chifre.
Porém, com a aproximação cada vez maior do nosso Sol, seu rastro — que agora brilha com uma tonalidade verde devido ao alto nível de dicarbono que libera — é cada vez mais visível. Assim, novas fotos cada vez mais impressionantes podem ser tiradas do cometa, enquanto atravessa o espaço.
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No dia 9 de março, o astrofotógrafo Jan Erik Vallestad, da Noruega, captou novas imagens detalhadas do 12P, divulgadas no site astrobin.com, onde pôde destacar uma intrigante espiral que, até então, não era visível.
Essa forma, por sua vez, provavelmente se deve às explosões de pequenos gêiseres em sua superfície, que bombeiam fluxos de criomagma, e são torcidos em redemoinhos enquanto o cometa gira.
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Agora, o "cometa do diabo" percorre o interior do nosso sistema solar, e deve atingir o ponto mais próximo do Sol no dia 24 de abril, segundo o Live Science. Já seu momento mais próximo da Terra deve ocorrer em 2 de junho, quando ele poderá ser visto a olho nu no céu noturno. Sem risco de colisão, vale destacar.
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Vale mencionar ainda que alguns astrofotógrafos esperam que ele seja visível durante o eclipse solar total que ocorrerá no dia 8 de abril; para tanto provavelmente será necessária outra grande erupção de criomagma na data, para ser visto em sua totalidade.