Em depoimento, Luana Rangel Pimenta, nora de Flordelis, traz novos detalhes sobre o caso que escandalizou o país
Começou na última segunda-feira, 7, o julgamento da ex-deputada Flordelis, acusada de ter arquitetado o assassinato de seu marido e pastor Anderson do Carmo, que foi morto em 16 de junho de 2019, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro.
Um dos depoimentos mais importantes do terceiro dia de sessão foi o da nora de Flordelis, Luana Rangel Pimenta. O depoimento ocorreu no Tribunal do Júri de Niterói (RJ) e um dos questionamentos feitos pela defesa da deputada à Luana foi se Anderson teria abusado dos filhos. Segunda ela, o pastor era carinhoso, porém, rígido em relação às condutas na família.
Se não fosse o pastor, a casa virava uma pornografia”, disse, classificando como absurda as acusações de abuso por parte dele.
Em depoimento, Luana também disse que Flordelis chegou a afirmar que o pastor Anderson morreria porque estaria 'atrapalhando a obra de Deus'.
Para a delegada que conduziu a investigação, Flordelis e o ex-marido tinham relações íntimas com os filhos adotados. A defesa da também pastora nega a prática e trabalha com a linha de que ela e alguma de suas filhas e netas foram abusadas sexualmente de Anderson.
Anderson foi assassinado a tiros no quintal de sua casa, enquanto descia do carro. Flordelis é acusada de ter arquitetado o assassinato, além de ser ré por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, associação criminosa, uso de documento falso e falsidade ideológica.
Antes de ser presa, ela negou ter qualquer ligação com a morte do pastor e reafirmou sua inocência:
Caso eu saia daqui hoje, saio de cabeça erguida porque sei que sou inocente. Todos saberão que sou inocente, a minha inocência será provada e vou continuar lutando para garantir a minha liberdade, a liberdade dos meus filhos e da minha família, que está sendo injustiçada."
A resolução do caso não tem data prevista para terminar e aguarda sentença a partir de júri popular.