Crânio de espécie já extinta foi encontrado na França há 115 anos; veja reconstrução!
A reconstrução facial de um neandertal que viveu há 56 mil anos revelou um "lado mais suave" da espécie já extinta. Através dos restos mortais encontrados há 115 anos, na França, o brasileiro Cícero Moraes refez a face de um homem velho e barba longa.
Para isso, o estudo usou tomografia computadorizada do crânio antigo e o comparou aos crânios humanos em um banco de dados com medidas semelhantes para preencher as lacunas.
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Assim, descobriu-se que o fóssil sofria de uma doença periodontal grave — uma infecção gengival encontrada em mamíferos. Especialistas acreditam que o este "poderia ser um dos primeiros casos documentados de propagação de doenças infecciosas zoonóticas".
Ao Daily Mail, Cícero falou sobre as características consideradas atraentes do neandertal: "Curiosamente, este [Neandertal] foi a segunda aproximação de que as pessoas 'se apaixonam', a primeira foi o 'vampiro' de Celakovice".
A espécie, que viveu ao lado dos humanos há dezenas de milhares de anos, era muito semelhante a nós em relação à aparência e tamanho. No entanto, era mais atarracada e musculosa.
Os neandertais existiram por cerca de 100 mil anos, antes de serem extintos há pouco mais de 40.000 anos. O crânio, que foi alvo de estudo, foi encontrado em La Chappelle-aux-Saints, na França, em 1908.
Quase completo, especialistas apontam que ele "exibe muitas características 'clássicas' do Neandertal, incluindo uma sobrancelha grande e contínua; uma ampla abertura nasal; um forame magno longo e oval; um braço craniano relativamente plano (em comparação com os humanos modernos); pequenos processos mastoides; um crânio longo e baixo; e grandes órbitas".
A reconstrução ajudou uma equipe de pesquisadores internacionais a voltar no tempo para ver como seria a aparência do homem de Neandertal antes de morrer. "Esta imagem mostra como os Neandertais eram parecidos conosco, mas, ao mesmo tempo, eram diferentes, com peculiaridades mais óbvias como a ausência de queixo, por exemplo", pontua Moraes.
Mesmo assim, é impossível não olhar para a imagem e tentar imaginar como era a vida daquele indivíduo há milhares de anos", finaliza.