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Notícias / Vaticano

Museu do Vaticano reinaugura Apolo de Belvedere após restauro

Escultura icônica datada do século 2 foi reapresentada ao público após cinco anos em processo de restauro no Vaticano

por Giovanna Gomes
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Publicado em 15/10/2024, às 12h45

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Escultura de Apolo do Belvedere restaurada - Divulgação/vídeo/Musei Vaticani
Escultura de Apolo do Belvedere restaurada - Divulgação/vídeo/Musei Vaticani

Cinco anos após o início de seu processo de restauro, o Apolo do Belvedere — icônica escultura do século 2 — foi reapresentado ao público nos Museus do Vaticano nesta terça-feira, 15. A escultura de mármore, com 2,24 metros de altura, retrata o deus Apolo em movimento, com o braço esquerdo estendido após disparar uma flecha.

Considerada um símbolo máximo da beleza clássica, sua restauração utilizou tecnologia de ponta e custou aproximadamente US$ 280 mil. A decisão de restaurá-la foi motivada pela detecção de “graves danos estruturais” em 2019, conforme explicaram os responsáveis durante a apresentação da obra ao público no Museu Pio-Clementino.

De acordo com o portal O Globo, o processo foi liderado por engenheiros e especialistas em restauro, que estabilizaram a escultura com o auxílio de um suporte em fibra de carbono ancorado na base, mantendo sua integridade sem a necessidade de movê-la ou desmontá-la.

Guy Devreux, chefe da oficina de restauração, explicou que “o maior desafio” foi preservar a integridade da escultura, sem tocá-la diretamente. Ele destacou o uso inovador da fibra de carbono, que trouxe “resultados extraordinários” na estabilização da peça.

A Diretora dos Museus do Vaticano, Bárbara Jatta, reconheceu que a remoção de uma obra de tal importância dos salões exigiu coragem e tomada de decisões cuidadosas e demoradas.

Descoberta

O Apolo do Belvedere foi descoberto em Roma em 1489, entre as ruínas de uma antiga domus, e levado ao Vaticano pelo Papa Júlio II (1503-1513). Durante a restauração, os especialistas substituíram a mão esquerda por um molde retirado da "mão de Baia", um fragmento de uma cópia em gesso da estátua grega original.

Embora a escultura no Vaticano seja uma réplica romana, acredita-se que a peça original em bronze tenha sido criada por volta de 330 a.C., na Grécia, e atribuída a Leochares, um dos artistas mais prestigiados de sua época.