O monumento é conhecido por difundir um ideário em relação a negros e indígenas; bisneto do presidente concordou com a medida
Em meio aos diversos protestos que tomam os EUA em relação às homenagens a figuras ligadas ao escravismo na História do país, o Museu de História Natural de Nova York decidiu retirar a estátua do presidente Theodore Roosevelt na entrada do prédio, que é disposta numa forte significação de superioridade branca. O monumento retrata o político sobre um cavalo subjugando um índio e um negro em um nível baixo.
Foi informado que o museu entrou em contato com o prefeito da cidade, Bill de Blasio, com o informe do pedido de remoção, que foi aceito. O evento ocorre em benefício das demandas das manifestações que ocorrem no país desde a morte de George Floyd no Minnesota, abordando a questão do racismo.
"Enquanto nos esforçamos para avançar na busca apaixonada de nossa instituição, nossa cidade e nosso país por justiça racial, acreditamos que a remoção da estátua será um símbolo de progresso e de nosso compromisso para construir e sustentar uma comunidade do museu inclusiva e equitativa e uma sociedade mais aberta", afirmou Ellen Futter, presidente do museu, em um comunicado.
A estátua em questão é considerada por muitos um símbolo da lógica colonialista e racista que, inclusive, marcou o governo do presidente conservador entre 1901 e 1909. O bisneto do político concordou com a decisão: "O mundo não precisa de estátuas, relíquias de outra época, que não refletem os valores da pessoa que desejam homenagear nem os valores de igualdade e justiça".
Segundo o prefeito de Nova York, "O Museu Americano de História Natural pediu para remover a estátua de Theodore Roosevelt porque apresenta explicitamente negros e indígenas como subjugados e racialmente inferiores. A cidade apoia a solicitação do museu" (como afirma em comunicado oficial).